Germinação In Vitro de Espécies Nativas de Orquídeas: Um Método Alternativo.

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Marilia Luiza Boscardin Tagliapietra 1 ; Paola Fontana de Vargas 2 ; Jairo José Manfio 3 ; Wolmar Trevisol 4
1Estudante IFFar/FW (Curso Téc. em Agropecuária - TA 21), e-mail: mariliatagliapietra@gmail.com 2Estudante IFFar/FW (Curso Téc. em Agropecuária - TA 21), e-mail: pahpaolafv@gmail.com 3IFFar - Campus Frederico Westphalen, e-mail: jairo.manfio@iffarroupilha.edu.br 4IFFar - Campus Frederico Westphalen, e-mail: wolmar.trevisol@iffarroupilha.edu.br

A expansão urbana, por meio de empreendimentos imobiliários, está provocando a degradação de áreas de matas nativas em Frederico Westphalen e demais centros urbanos. Um dos indicadores da saúde das matas atingidas é a presença de espécies nativas de orquídeas, que sem o ambiente natural deixam de se reproduzir. Para auxiliar a preservação ambiental destas matas e de bosques urbanos este estudo propõe um método alternativo para promover a germinação in vitro de espécies nativas de orquídeas. As sementes de orquídeas não possuem endosperma, necessitando de um ambiente extremamente favorável ao seu desenvolvimento. Dessa forma, a produção in vitro se torna uma alternativa para proliferar as plantas para fins comerciais e também para facilitar a conservação ex-situ de espécies. Porém, os métodos tradicionais realizados em laboratórios com utilização de câmara de fluxo laminar e autoclave, apresentam alto custo, representando um fator limitante. Assim, o presente estudo sugere uma alternativa viável para orquidófilos que trabalham com comércio em menor escala e não poderiam arcar com os custos de produção dos padrões convencionais. Foram realizados três ensaios, um pré-teste com epidendrum fulgens, para ajustes das soluções e ensaio técnico e dois testes com as variedades Bapstonia riograndenses e Grandifhyllun pulvinatum. Os vidros foram esterilizados com o uso de panela de pressão e as sementes com uma solução com 80% de Q-Boa® e água. As sementes foram introduzidas com utilização de seringas em um meio de cultura com solução nutritiva B&G® e ágar-ágar, e expostas a 12 horas de luz por dia. Até o momento 100% dos vidros estão estéreis e as primeiras sementes, introduzidas em abril, já germinam dando origem a plântulas. A comprovação final da eficiência do método só será obtida, no prazo de um ano, quando as plantas estiverem prontas para serem removidas dos vidros e introduzidas na natureza.

Referências bibliograficas:

RODRIGUES , Donizetti Tomaz. Propagação in Vitro de Orquídeas sem a Utilização de Câmara de Fluxo Laminar. 2009. 63f. Tese de Pós-graduação - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2009.

SCHNEIDERS, Danieli; PESCADOR, Rosete; BOOZ Maristela Raitz; SUZUKI, Rogério Mamoru. Germinação, crescimento e desenvolvimento in vitro de orquídeas (Cattleya spp., Orchidaceae). Rev. Ceres. Viçosa, v. 59, n.2, p. 185-191, mar/abr, 2012.

Palavras chaves: orquídeas, produção in vitro, preservação de espécies

Obs.: Este resumo contém 301 palavras