UFSM - Campus Frederico Westphalen
As Águas Residuárias de Suinocultura (ARS) são armazenadas em esterqueiras na maior parte dos estabelecimentos de criação de suínos do Brasil e, posteriormente, utilizadas como fertilizante orgânico para as plantas. A alta frequência de uso e por um longo período de tempo na mesma área de cultivo, situação característica da maior parte dos estabelecimentos de criação de suínos, condiciona a contaminação do solo e da água. Uma das formas de reduzir o passivo ambiental da atividade suinícola é a separação da fração pastosa das ARS e a sua retirada dos locais de produção de suínos para ser usada como matéria prima para a produção de fertilizantes orgânicos. Outro material que gera passivo ambiental na região norte do Rio Grande do Sul (RS), é o rejeito de rochas basálticas provenientes da extração de ametista, que após a moagem produz o pó de rocha, denominado Remineralizador do Solo pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Neste contexto, o objetivo do estudo foi desenvolver um sistema de separação da fração pastosa das ARS e utilizar como composto orgânico em conjunto com o pó de rocha para a produção de um novo tipo de fertilizante, denominado de Fertilizante Organomineral Remineralizador do Solo (FOMREMS), de forma que possa ser aplicado na agricultura utilizando os mesmos maquinários dos fertilizantes minerais. Os estudos preliminares na UFSM, campus de Frederico Westphalen, RS, indicam que é possível separar da fração pastosa das ARS adequando um conjunto de caixas autolimpantes com um sistema de drenagem após sua retirada das caixas autolimpantes. A alta capacidade de absorção de água e o poder agregante do pó de rocha condiciona uma boa agregação da fração pastosa das ARS para a formulação de FOMREMS. No entanto, novos estudos com adição de agregadores amiláceos devem ser realizados para aumentar a resistência mecânica dos grânulos.
Referências bibliograficas: