IFFar - Campus Frederico Westphalen
Na natureza ou em vida livre, os coelhos escavam buracos, formando galerias utilizadas para proteção e na acomodação das fêmeas durante o nascimento dos filhotes. No entanto, em cativeiro é preciso preparar ninhos dentro de gaiolas, os quais devem estar limpos e possuir dimensões e forma adequada às necessidades inerentes à espécie. A cama do ninho pode ser composta de material vegetal ou artificial, desde que macio e absorvente, além de possuir capacidade de reter calor. A maravalha deve ser evitada, pois pode ferir os filhotes, além de não reter o calor com maior eficiência, sendo desaconselhada principalmente em regiões frias. Já o capim seco é uma boa opção para tal fim. Normalmente, a fêmea prepara o ninho, inclusive com pêlos retirados do seu abdômen, o que irá facilitar o aleitamento e a transferência de calor para os filhotes. Geralmente, os partos concentram-se durante a noite, fato que, muitas vezes, predispõe à ocorrência de hipotermia e óbito dos filhotes, uma vez que a manutenção do conforto térmico de recém-nascidos deve estar em aproximadamente 35ºC. Diante deste desafio, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de testar alternativas para viabilizar a manutenção do conforto térmico necessário a coelhos recém-nascidos. Serão analisadas três adaptações para composição de ninhos: i. ninho de madeira de pinus com revestimento interno de espuma expansiva, adição de um mecanismo regulador de temperatura (lâmpada acoplada a um termostato) e cama de capim seco, ii. ninho de madeira de pinus com revestimento interno de isopor e cama de capim seco, e um termômetro para monitoramento da temperatura, e iii. ninho de madeira de pinus, sem revestimento interno, com cama de maravalha e um termômetro para monitoramento da temperatura.
Referências bibliograficas: