Multilinguismo da Microrregião de Frederico Westphalen

IFFar - Campus Frederico Westphalen

RAFAEL OLIVEIRA PORTELLA 1 ; RODRIGO DE FREITAS JUNIOR 2 ; THIAGO ALLEBRANDT 3 ; CÉSAR AUGUSTO GONZÁLEZ 4
1Aluno, e-mail: freitasefollmer@gmail.com 2Aluno, e-mail: freitasefollmer@gmail.com 3Aluno, e-mail: tioallebrandt@hotmail.com 4Professor de língua português , e-mail: cesar.gonzalez@iffarroupilha.edu.br

MULTILINGUISMO DA MICROREGIÃO DE FREDERICO WESTPHALEN

Rafael Oliveira Portela; Rodrigo de Freitas Jr.; Thiago Allebrandt; (Alunos do Técnico Agropecuários Integrados ao Ensino Médio); César Augusto González (Professor do Ensino Médio, Técnico e Tecnológico – Orientador); E-mail: cesar.gonzalez@iffarroupilha.edu.br

A pesquisa é sobre as línguas existentes na região de Frederico Westphalen. A literatura especializada diz que o Brasil é um país multilíngue (além do Português, há línguas indígenas, afro-brasileiras, de imigração, etc.). Apesar disso, para o senso comum, o Brasil é um país monolíngue em língua portuguesa. Nossa pesquisa objetiva tornar visível o multilinguismo da região e sensibilizar as pessoas para a riqueza das línguas brasileiras. Para tanto, elaboramos com a ferramenta on-line “survio”, um questionário com 20 perguntas a respeito de línguas estudadas na escola básica e de línguas usadas na família do respondente. Até o momento, 51 pessoas responderam ao questionário, que vem mostrando que a região de Frederico Westphalen é realmente multilíngue, com a presença histórica das línguas italiana e alemã, pelo menos. As línguas de imigração identificadas, no entanto, são pouco faladas pela atual geração, 90,16% dos respondentes acha importante preservar as línguas de imigração de sua família, porém, somente 56,9% pensa que a escola deve ensinar essas línguas. Além disso, entrevistamos uma falante de alemão sobre sua língua materna. Esse vídeo será mostrado para os visitantes da mostra a fim de ilustrar o multilinguismo da região. Os dados gerados até o presente nos levaram a nos questionar como garantir a manutenção de uma língua que, apesar de todos os respondentes quererem manter, atualmente parece ter poucos falantes. Esse questionamento é especialmente relevante já que apenas metade dos respondentes acredita que a escola pode contribuir para isso. Estamos ainda gerando dados, de modo que o número de respondentes será ampliado até a data da mostra, com intuito de atingir um grau de confiabilidade para a pesquisa.

Referências bibliograficas:

Altenhofen, C. V. Política linguística, mitos e concepções linguísticas em áreas bilíngues de imigrantes (alemães) no sul do Brasil. RILI II (2004), 1 (3), p.83-93.

Oliveira, G. M. de. Brasileiro fala português: monolinguismo e preconceito linguístico. In: Silva, F. L.; Moura, H. M. de M. (orgs.). O direito à fala: a questão do preconceito linguístico. Florianópolis: Insular, 2001.

UNESCO. Declaração universal dos direitos linguísticos. Barcelona, 1996.

Palavras chaves: multilinguismo, politica linguística, pesquisa linguística

Obs.: Este resumo contém 308 palavras