UFSM
Justificativa
O presente trabalho justifica-se por sua relevância social, uma vez que as noções do senso comum sobre espaços público e privado se confundem e torna-se um problema social ao interferir em um direito básico do cidadão, como a atenção à saúde, objeto de reflexão desta investigação, aqui vista como uma mercadoria, apresentando terreno fértil para a propagação do comportamento corrupto.
Objetivo
Analisar as experiências de pessoas que possuem planos de saúde e utilizaram os serviços médicos, com o intuito de interpretar comportamentos médicos que se aproximam de uma prática de corrupção.
Metodologia
Esta pesquisa possui uma abordagem quantitativa e qualitativa, em que o universo empírico de análise são experiências de pessoas de classe média que usufruem de serviços de saúde privados em torno de um plano.
Considerações Finais
Foi observado que boa parte dos relatos dos entrevistados mostram que uma das práticas mais comuns entre os médicos é a de que as consultas são prestadas em menor tempo quando o pagamento é integral. Além disso, é comum entre alguns destes profissionais da saúde cobrar adicionais por serviços prestados, mesmo que o plano de saúde cobrisse todas as despesas. Disso, é importante ressaltar que a saúde se apresenta como uma mercadoria participante do sistema capitalista, sendo o médico um sujeito que ocupa o lugar de “malandro” e de “herói”, no momento em que mistura as noções de público e privado nos serviços prestados à saúde, configurando uma forma de comportamento corrupto.
Referências bibliograficas:
DAMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
DAMATTA, R. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.
MOORE, M. Sicko: SOS Saúde. Documentário, 2008.