CAFW/UFSM
Justificativa: A relevância deste trabalho evidencia-se no âmbito social e acadêmico, uma vez que se propõe a discutir os papéis sociais e comportamentos destinados aos gêneros, pois é importante pensar a diversidade dentro de uma instituição que se propõe ser democrática. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo compreender as representações de estudantes e servidores acerca do machismo, com o intuito de observar a incidência desta ideologia em uma instituição de ensino técnico e tecnológico. Metodologia: o método utilizado neste trabalho foi estatístico de abordagem exploratória e pesquisa bibliográfica. Resultados e discussão: dos 303 alunos regularmente matriculados na escola, obtivemos uma amostra de 266 questionários respondidos. Disto, observamos que 74% dos participantes são homens, 24% são mulheres, e 2% não definiram gênero e não responderam. Ainda, 46,67% das mulheres disseram ter sofrido algum tipo de machismo, enquanto 53,33% diz não terem sofrido. Dos homens, 87,30% relatam não terem sofrido machismo, 4,57% confirma terem sofrido e 4,57% não lembra ou não respondeu. Das descrições sobre o que as mulheres sofreram, destacam-se assédio nos corredores da instituição por colegas que tocam os corpos das meninas, bem como tecem palavras jocosas, referindo-se aos corpos das meninas de maneira classificatória: feia/bonita, gorda/magra, gostosa etc. Dos que não se consideram machistas (183 pessoas) 8,74% desconhece o machismo, 2,19% defendem o machismo e 89% compreende o que significa machismo. Assim, inferimos que existem comportamentos que menosprezam mulheres, que são minoria, o que pode atrapalhar o progresso destas meninas na carreira profissional técnica e científica, uma vez que se apresenta como um espaço masculino.
Referências bibliograficas: