CAFW/UFSM
A produção de mudas é um dos principais fatores responsáveis pela produção final das hortaliças. Deseja-se obter plântulas de alto vigor, sadias e produzidas no mais curto espaço de tempo possível. Nesse sentido, o método de irrigação utilizado pode afetar diretamente na produção de mudas, tanto no sentido de promover maior desenvolvimento radicular, como na maior possibilidade de aparecimento de doenças. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de três métodos de irrigação sobre a produção de mudas de alface. O trabalho foi realizado no LEPE de Olericultura do IFFarroupilha – FW, no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. As plantas de alface, cultivar Vera, foram semeadas em bandejas de poliestireno e submetidas a três diferentes tipos de irrigação: microaspersão, flutuação e subsuperficial. A irrigação por microaspersão consiste em microaspersores instalados sobre as plantas. A flutuação consiste em tanques onde as bandejas de mudas permanecem flutuando sobre a lâmina de água. Na irrigação subsuperficial a flutuação das bandejas nos tanques é intercalada com períodos sem água. Foram realizadas avaliações semanais da altura das mudas, número de folhas e peso da massa fresca da parte aérea e das raízes das plântulas de alface. Os dados estão sendo coletados e os resultados serão analisados através da análise da variância, utilizando o Teste de Tukey para a comparação das médias dos tratamentos. A microaspersão apresenta a desvantagem do molhamento da parte aérea das mudas, que aumenta os riscos do aparecimento de doenças, além da lixiviação de nutrientes contidos no substrato e a flutuação de disponibilidade de água às mudas. O método de flutuação tem a vantagem da economia de mão de obra e água, porém, proporciona baixo teor de oxigênio no meio radicular e o método da irrigação subsuperficial combina as vantagens do método de flutuação, com a aeração das raízes.
Referências bibliograficas: