Mosca das Frutas: Um Pequeno Inseto que Causa Grandes Perdas de Frutas nos Pomares da Região*

Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (CAFW/UFSM)

ELITON FICANHA 1 ; VITOR LAZAROTO SARTORI 2 ; RENATO TREVISAN 3
1Aluno Curso Integrado - Bolsista PIBIC-EM-CNPq, e-mail: elitonficanha3@hmail.com 2Aluno Curso Integrado - Bolsista PIBIC-EM-CNPq, e-mail: vitorlasartori@hotmail.com 3Prof. Orientador - CAFW-UFSM, e-mail: renatrevisan@gmail.com

A fruticultura brasileira atualmente é considerada uma das maiores do mundo no que se refere à produção de frutas frescas e área cultivada, entretanto, é muito reduzida à produção destinada para o mercado externo. O baixo nível tecnológico aplicado no cultivo das fruteiras, que se reflete na qualidade dos frutos produzidos, como exemplo os problemas fitossanitários (pragas, doenças), são fatores que contribuem para essa situação. O Estado do Rio Grande do Sul apresenta uma fruticultura bastante diversificada, que tem crescido significativamente nos últimos anos, em função das condições edafoclimáticas e agronômicas disponíveis. As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) são as principais pragas da fruticultura mundial, pois, além de causar danos aos frutos pelo adulto ou pela larva, pode ser disseminadora de doenças. No Brasil, as espécies de moscas-das-frutas de importância econômica englobam-se nos gêneros Anastrepha e Ceratitis. As diversas espécies de Anastrepha são nativas do continente americano, enquanto Ceratitis capitata, conhecida como mosca-do-mediterrâneo é a única representante do gênero no país, sendo originária do continente africano. Em face da importância dessas pragas, é importante ressaltar que o fruticultor brasileiro gasta grandes quantidades de inseticidas para o controle de moscas-das-frutas, sem o conhecimento adequado das espécies infestantes, do seu grau de infestação, da distribuição espacial das plantas hospedeiras e do controle biológico natural. Nesse sentido, o monitoramento se torna importante, pois através dele é possível constatar a abundância e a flutuação populacional das espécies, possibilitando as ações de controle integrado e ou químico. Essa técnica consiste na instalação de uma rede de armadilhas (McPhail) contendo atrativo alimentar ou sexual, em pontos estratégicos no pomar ou plantas nativas próximas. Este trabalho, monitoramento com as armadilhas, esta sendo desenvolvido no pomar de pêssegos, localizado no setor de Fruticultura do CAFW-UFSM. O objetivo é obter informações que possibilitem fazer o monitoramento da mosca-das-frutas no pomar, bem como em plantas hospedeiras para verificar inicialmente em quais plantas a praga começa atacar e em que época é sua maior flutuação. Para isso, a cada sete dias, as armadilhas (McPhail) são analisadas anotando-se o número de moscas encontradas, bem como o gênero. Espera-se que no final de um ano do monitoramento, seja possível identificar o gênero que se manifesta nas frutíferas e qual maior flutuação (época), para então recomendar um controle, seja ele químico ou orgânico.

* Agradecimento: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro

Referências bibliograficas:

ALBERTI, S.; BOGUS, G.M.; GARCIA, F.R.M. Flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera,Tephritidae) em pomares de pessegueiro e maracujazeiro em Iraceminha, Santa Catarina. Revista Biotemas, n.25 v.2,p.53-58,2012.

Palavras chaves: Pomar, pêssego, Anastrepha fraterculus, Ceratitis capitata

Obs.: Este resumo contém 391 palavras