IFFar-FW
Os óleos essenciais são líquidos aromáticos, altamente concentrados, puros e que não se dissolvem em água, são extraídos de partes distintas da planta, como por exemplo das sementes, folhas, flores, cascas, raízes. Dessa forma, a aromaterapia consiste em uma técnica que utiliza os óleos essenciais para proporcionar o bem-estar físico, emocional e espiritual (PETRY, 2024). O objetivo deste trabalho é compreender a percepção e o uso dos óleos essenciais por acadêmicos e professores do IFFar - Campus Frederico Westphalen. Para o levantamento de dados aplicou-se um questionário online, além de pesquisas bibliográficas para embasamento teórico. Foram obtidas 66 respostas. Os resultados demonstram que a maioria dos respondentes têm entre 16 a 17 anos de idade e são do sexo feminino. A maioria deles (63,6%) nunca fizeram uso de terapias naturais. No que se refere aos óleos essenciais, 45,5% já ouviram falar sobre o tema, contudo não sabem sua utilidade, e cerca de 44% responderam que conhecem os óleos essenciais e sua utilidade. Dentre os que conhecem, as informações são obtidas através de amigos e familiares. Quase 40% dos respondentes afirmaram que não buscam informações. Entre os óleos essenciais, mais utilizados, destacam-se, o óleo de lavanda e hortelã-pimenta, enquanto o menos utilizado é o de bergamota. Grande parte dos respondentes utiliza quando necessário, para a aromatização de ambientes e para relaxamento. As formas mais usadas são no difusor (53,6%), uso tópico (25%) e na inalação direta (17,9%). Referente às reações adversas do uso dos óleos essenciais, apenas 3% dos respondentes relataram irritação na pele, náusea ou tontura e reações alérgicas. Muitos não fazem uso dos óleos, pois não têm conhecimento dos benefícios ou não tem interesse. Ao solicitar aos respondentes para escalarem, de 1 a 5, o quanto eles acreditam no benefício dos óleos essenciais para a saúde e o bem-estar, 30,3% escolheram “3”. Em relação ao uso dos óleos para o controle da ansiedade, 22,7% afirmaram utilizar os óleos com essa finalidade, dentre esses, 46,7% dizem perceber melhora na agitação e nervosismo. Cerca de 10% dos respondentes afirmaram usar os óleos para melhora da concentração, relatando maior facilidade para se concentrar e redução das distrações. A maioria (83,3%) relatou que os óleos ajudam a controlar a insônia, adormecendo mais rápido (72,7%) e/ou acordando com menos frequência durante a noite (45,5%). Poucos respondentes afirmam usar os óleos essenciais para alívio da dor de cabeça, percebendo que a intensidade da dor diminuiu. Os resultados indicam a percepção dos efeitos benéficos dos óleos essenciais, sobretudo no controle da ansiedade, insônia e relaxamento. Contudo, o uso é limitado pela falta de informação, reforçando a necessidade de maior divulgação científica para um uso consciente e seguro. Esses dados serão compartilhados com o público da Mostra, acompanhados da distribuição de sabonetes artesanais de cada essência.
Referências bibliograficas:
PETRY, Daiana. Psicoaromaterapia: um caminho para o autocuidado, 1. ed. Florianópolis, SC: Ed. Instituto de aromaterapia integrativa Daiana Petry, 2024.