ENTRE A CIDADE TRADICIONAL E A CIDADE-ESPONJA: CAMINHOS SUSTENTÁVEIS PARA A MITIGAÇÃO DE ENCHENTES

IFFar-FW

LARISSA SWAROWSKY 1 ; MANUELA PEITER CLARO 2 ; MARIANA ANDRELINA TASCHETTO DE MATOS 3 ; MATHEUS DAL PONT RIBEIRO DA ROSA 4 ; MAYSA DELIBERALLI 5 ; CARLA DEONISIA HENDGES 6
1Discente, e-mail: larissa.49088@aluno.iffar.edu.br 2Discente, e-mail: manuela.94900@aluno.iffar.edu.br 3Discente, e-mail: mariana.59014@aluno.iffar.edu.br 4Discente, e-mail: matheus.58000@aluno.iffar.edu.br 5Discente, e-mail: maysa.72080@aluno.iffar.edu.br 6Docente, e-mail: carla.hendges@iffarroupilha.edu.br

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostra mudanças significativas nas características climáticas regionais do planeta associadas ao aquecimento global. As mudanças climáticas têm modificado o regime de chuvas, tornando as enchentes cada vez mais frequentes e intensas (LANTES, 2024). No estado do Rio Grande do Sul, estima-se que, em maio de 2024, cerca de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes (LANTES, 2024). O estado segue até hoje em processo de recuperação dos danos causados pela tragédia. Diante desse cenário, uma solução promissora são as cidades-esponja, cujo conceito envolve práticas de infraestrutura verde e azul que aumentam a permeabilidade do solo e favorecem a absorção e o armazenamento da água (LOBO et al., 2025). Este trabalho tem como objetivo conhecer a percepção da população sobre os impactos das enchentes e o conceito de cidades-esponja como alternativa sustentável para a prevenção e mitigação desses eventos em municípios da região Noroeste do Rio Grande do Sul. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário online à comunidade interna e externa do IFFar – Campus Frederico Westphalen. Os resultados obtidos, a partir de 173 respostas, de 27 municípios, mostraram que grande parte das cidades da região (65%), apresenta ocorrência de enchentes, mas a maioria das pessoas nunca teve sua residência diretamente afetada (86%). Um pequeno número de participantes (24%) afirmou ter ouvido falar sobre cidades-esponja, observando pavimentos permeáveis (20%), jardins de chuva (14%), praças ou parques alagáveis (9%), telhados verdes (8%) e praças-piscina (8%) em suas localidades. Entretanto, a maioria das pessoas (70%) afirmou nunca ter observado nenhuma das estratégias de cidades-esponja. Praticamente todos os participantes (97%) acreditam que estas soluções poderiam ser aplicadas em seus municípios. Constata-se que o conceito e as práticas das cidades-esponja não são amplamente conhecidos pela população. Assim, uma maquete comparativa entre cidades convencionais e cidades-esponja pode ser uma ferramenta eficaz para demonstrar ao público da Mostra como estes modelos respondem às enchentes. Espera-se demonstrar que jardins de chuva, telhados verdes, calçamentos permeáveis e parques alagáveis são técnicas das cidades-esponja que contribuem para a prevenção e mitigação de enchentes, além de, alternativas sustentáveis de infraestrutura urbana.

Referências bibliograficas:

LANTES, Javier Palummo. Relatório da visita de trabalho da REDESCA ao Brasil: impactos das enchentes no Rio Grande do Sul: observações e recomendações para garantir os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Washington, D.C.: Organização dos Estados Americanos, Comissão Interamericana de Direitos Humanos, 2025. Disponível em: https://www.oas.org/pt/cidh/relatorios/pdfs/2025/informe_redesca_brasil_pt.pdf. Acesso em: 2 set. 2025.

LOBO, Ana Carolina; LOBO, Fernanda; BOTELHO, Mariana; MORMELO, Henrique; DAHER, Adriano. Cidades-esponja e acupuntura urbana: estratégias de resiliência diante das mudanças climáticas. Revista On-line IDD, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 60-74, jan./abr. 2025. Disponível em: https://revista.idd.edu.br/file-repository/revistaArtigo/revistaEdicao7/Lobo,_Lobo,_Botelho,_Mormelo_e_Daher._Cidades_Esponja_e_Acupuntura_Urbana.pdf. Acesso em: 2 set. 2025.

Palavras chaves: Catástrofes ambientais; Infraestrutura urbana; Mudanças climáticas; Sustentabilidade.

Obs.: Este resumo contém 351 palavras