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O consumo de substâncias como álcool e nicotina está diretamente relacionado à morte de neurônios e ao comprometimento do sistema nervoso central. Esse estudo teve como objetivo compreender os impactos desses maus hábitos sobre a saúde cerebral, em especial durante a adolescência e a juventude, fases em que o cérebro está em pleno desenvolvimento. A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica, realizada por meio de artigos científicos disponíveis no Google Acadêmico, que discutem os efeitos neuroquímicos e fisiológicos dessas substâncias. Os resultados da revisão indicam que o álcool afeta neurotransmissores como GABA e glutamato, desencadeando excitotoxicidade, processo que provoca sobrecarga de cálcio nas células nervosas, levando à apoptose e à necrose. As áreas mais prejudicadas incluem o hipocampo, associado à memória, o córtex cerebral, ligado ao raciocínio, e o cerebelo, responsável pela coordenação motora. Já a nicotina atua nos receptores nicotínicos de acetilcolina, alterando a liberação de dopamina, serotonina e outros neurotransmissores. Seu uso crônico causa dessensibilização dos receptores e alterações na plasticidade sináptica, comprometendo a memória e a estabilidade emocional. Embora isoladamente apresenta efeitos menos agressivos que o álcool, a nicotina, quando associada a ele, potencializa os danos e acelera processos degenerativos. As principais consequências observadas são déficits de memória, dificuldades de concentração, alterações no sono, distúrbios de humor e danos permanentes ao cérebro quando o uso ocorre em fases críticas, como adolescência ou gestação. Ainda que algumas pesquisas mostram recuperação parcial após abstinência de nicotina, os prejuízos não são totalmente reversíveis. Conclui-se que tanto o álcool quanto a nicotina contribuem significativamente para a morte neuronal, sendo o álcool mais neurotóxico, mas com efeitos agravados quando combinado ao tabaco. Dessa forma, torna-se fundamental conscientizar adolescentes e adultos jovens sobre os riscos associados a esses hábitos, incentivando a prevenção e a adoção de escolhas mais saudáveis que possam garantir melhor qualidade de vida.
Referências bibliograficas: