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A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurológico, degenerativo, progressivo que se caracteriza por perdas graduais da função cognitiva e por distúrbios no comportamento e afeto. Essa patologia induz a alterações progressivas da memória, do julgamento e do raciocínio intelectual, tornando o indivíduo cada vez mais dependente, ou seja, fazendo com que necessite da ajuda de outra pessoa para sua sobrevivência. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo investigar e apresentar como essa condição se origina, de que forma afeta a estrutura, o funcionamento cerebral e os impactos na vivência social, inclusive na vida dos cuidadores. A pesquisa foi conduzida por meio de uma abordagem qualitativa, fundamentada na revisão de literatura científica atualizada sobre a doença. As informações e dados utilizados foram obtidos em artigos acadêmicos, publicações institucionais e fontes confiáveis da área da saúde e neurociência. Nesta pesquisa bibliográfica, foi possível identificar os principais fatores genéticos que influenciam no desenvolvimento da doença, além de analisar os genes influentes pela mutação e resultantes no acúmulo de placas no cérebro. Nota-se que a DA é caracterizada principalmente pelo depósito de substâncias beta-amilóides e tau. Derivada da Proteína Precursora Amiloide (APP), beta-amilóides podem se acumular entre os neurônios por alterações genéticas, formando placas senis que prejudicam a comunicação neuronal e causam inflamação cerebral. Já a proteína tau, ao sofrer hiperfosforilação, forma emaranhados neurofibrilares que impedem o transporte neuronal e levam à morte celular. Como consequência, ocorre a diminuição das conexões sinápticas, perda de neurônios, além da redução do volume cerebral (atrofia). A redução das sinapses causa os primeiros déficits cognitivos, a morte neuronal intensifica a perda de funções, e a atrofia cerebral progressiva leva à incapacidade total, explicando a evolução típica do Alzheimer. Durante a pesquisa, também foi possível observar que a doença influencia diretamente o cuidador psicologicamente, tendo em vista que ao oferecer suporte a um familiar idoso portador da doença de alzheimer, ele enfrenta grandes dificuldades, muitas vezes relatando cansaço extremo em que estão sujeitos a uma sobrecarga emocional e física que os leva à exaustão, devido à ausência de vida social e à desestruturação financeira. Espera-se com este trabalho que haja uma maior compreensão de como a Doença de Alzheimer se origina e de como ela afeta as pessoas que vivem nesse meio social.
Referências bibliograficas: