Viabilidade da produção leiteira sem confinamento, com enfoque em manejo de pastagens, bem-estar animal e sustentabilidade econômica e ambiental

IFFar-FW

EDUARDO DAL PIVA 1 ; FELIPE DE CARVALHO NATALI 2 ; LUCAS GUILHERME HABITZREITER 3 ; MARLON STONA MARCHESAN 4 ; RICARDO RENE SCHERER 5 ; MARCELI PAZINI MILANI 6
1Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: eduardo.2023302187@aluno.iffar.edu.br 2Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: felipe.2023304154@aluno.iffar.edu.br 3Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: lucas.2023308190@aluno.iffar.edu.br 4Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: marlon.2023308592@aluno.iffar.edu.br 5Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: ricardo.2023309203@aluno.iffar.edu.br 6Docente do Instituto Federal Farroupilha Campus Frederico Westphalen, e-mail: marceli.milani@iffarroupilha.edu.br

A pecuária leiteira é uma atividade para a agricultura familiar e para a economia rural, representando importante fonte de renda, emprego e segurança alimentar. No entanto, a crescente busca por eficiência produtiva tem incentivado a adoção de sistemas confinados que demandam alto investimentos, o qual leva os produtores a endividamentos sem que se tenha um planejamento econômico e financeiro da propriedade. Tal cenário, se associado a baixos índices de produtividade, manejos inadequados, culmina com margens negativas, e saída da atividade. Essa realidade impõe barreiras à manutenção de pequenas e médias propriedades, as quais necessitam adotar alternativas sustentáveis que aproveitem os recursos disponíveis de forma racional. Este trabalho analisa a viabilidade técnica e econômica da produção leiteira sem confinamento, buscando uma produção intensiva a pasto, com base na integração de práticas como pastejo rotacionado, divisão da área em piquetes, implantação de corredores de acesso, disposição estratégica de bebedouros, uso de forrageiras sazonais, suplementação nutricional ajustada, inseminação artificial, controle sanitário e zootécnico e gestão baseada em indicadores técnicos e econômicos. Espera-se, com isso, a redução de custos operacionais, de juros bancários, energia, alimentação conservada, além de maior aproveitamento das forragens cultivadas, incremento no bem-estar animal e aumento da produtividade individual (leite/vaca/dia), quando comparado com sistemas extensivos. A distribuição natural dos dejetos nas pastagens contribui ainda para a ciclagem de nutrientes, diminuindo a dependência de adubação química e promovendo melhorias na fertilidade do solo. Conclui-se que a intensificação da produção a pasto, baseada em manejo eficiente, bem-estar animal e sustentabilidade ambiental, apresenta-se como uma alternativa viável para pequenos e médios produtores, permitindo maior competitividade sem a necessidade de elevados investimentos em infraestrutura, fortalecendo, assim, a resiliência produtiva das propriedades frente aos desafios do setor leiteiro.

Referências bibliograficas:

Palavras chaves: agricultura familiar; manejo de pastagens, pastejo rotacionado; sustentabilidade;

Obs.: Este resumo contém 282 palavras