A infância é marcada por lembranças que permanecem vivas ao longo da vida, especialmente aquelas associadas aos sabores e momentos de convívio familiar. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é resgatar as raízes culinárias repassadas de gerações em gerações, as quais compõem não apenas a cultura alimentar, mas também a identidade e a memória afetiva das estudantes envolvidas. Ao valorizar práticas cotidianas, pretende-se compreender como a culinária pode representar laços de união, afeto e pertencimento, fortalecendo vínculos familiares e culturais. Para atingir esse objetivo, foram conduzidas 5 entrevistas com famílias de diferentes etnias, por meio de rodas de conversa que permitiam compartilhar histórias e receitas que faziam parte do cotidiano dessas famílias. A partir da troca de saberes, foram reproduzidas algumas preparações típicas, como cuca, doce de leite, queijo e geleia, alimentos que refletem as influências da tradição alemã e italiana. Os resultados obtidos não se limitaram apenas a preservação de receitas, mas também a valorização das memórias coletivas que emergem a partir do ato de cozinhar e partilhar. A ideia de realização da pesquisa visou relembrar momentos felizes e de aconchego vividos com pessoas que ainda se fazem presente hoje ou que estão vivas em nossa memória. Conclui-se que o resgate culinário traz à tona lembranças que aquecem a memória e reforçam a importância das tradições familiares como parte fundamental da formação social e pessoal.

Referências bibliograficas: