Construindo uma escola inclusiva por meio de jogos interativos

IFFar-FW

AGATHA SOARES RODRIGUES 1 ; JúNIOR DA ROSA 2 ; LORENSO MARTINS PRESTES 3 ; SOFIA PEDROSO RODRIGUES 4 ; ARIANE AVILA NETO DE FARIAS 5
1 e-mail: agatha.80088@aluno.iffar.edu.br 2 e-mail: junior.12046@aluno.iffar.edu.br 3 e-mail: lorenso.2023300709@aluno.iffar.edu.br 4 e-mail: sofia.53008@aluno.iffar.edu.br 5 e-mail: ariane.farias@iffarroupilha.edu.br

O sistema patriarcal leva a sociedade a reproduzir discursos machistas que reforçam práticas sexistas, homofóbicas e transfóbicas, resultando na marginalização de sujeitos que não seguem os padrões rígidos e limitantes socialmente impostos. Sob esse prisma, a comunidade queer, formada por pessoas que não se identificam com a hétero e/ou a cis normatividade, é vítima desse sistema. Os processos de naturalização de desigualdades de gênero são perpetuados pelas mais diversas instituições sociais, incluindo a escola, o que demanda ações para a desconstrução de tais estereótipos. A partir da compreensão de que a educação é um ato político e deve proporcionar aos educandos o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação à realidade, o espaço escolar torna-se um lugar de relevância para combater preconceitos e promover a equidade. Para isso, entende-se que a escola pode ser um território para entender os conceitos de gênero, de sexualidade e de sexo biológico, bem como espaço de reflexão crítica acerca da rejeição e da recusa do direito de existência da comunidade queer. Isto posto, este trabalho visa apresentar jogos criados para o debate da temática mencionada. Esse material foi organizado pelo projeto de extensão "NUGEDIS: construindo uma escola inclusiva", que objetiva realizar ações em escolas de Frederico Westphalen e região. Os jogos criados pelos participantes envolvidos no projeto foram: uma linha do tempo da existência queer, que promove reflexão histórica acerca dessa comunidade, dando destaque às recentes conquistas de seus direitos; um jogo da memória de conceitos e significados, que objetiva à associação de termos, que permeiam o tópico, a seus significados; e, por fim, um quiz, que instiga aos participantes a revisarem questões importantes sobre a história, as vivências e figuras relevantes para a comunidade queer e suas lutas. Compreende-se que atividades mais interativas na escola, como as de promoção de jogos, proporcionam momentos de trocas significativas e enriquecedoras ao estimularem a curiosidade dos discentes. Do mesmo modo, entende-se que aprender através de jogo proporciona uma aprendizagem mais ativa, o que pode ser fundamental na construção de sujeitos que sejam protagonistas na luta pela equidade e desconstrução de estigmas e preconceitos.

Referências bibliograficas:

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

JUNQUEIRA, R. D. “Ideologia de gênero”: a gênese de uma categoria política reacionária – ou: a promoção dos direitos humanos se tornou uma “ameaça à família natural”. In: RIBEIRO, P. R. C.; MAGALHÃES, J. C. (Orgs.). Debates contemporâneos sobre educação para a sexualidade. Rio Grande: FURG, 2017. p. 25-52.

LOURO, Guacira Lopes. Corpo, gênero e sexualidade: um Debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 1997.

Palavras chaves: Nugedis; comunidade queer; jogos educativos; escola.

Obs.: Este resumo contém 348 palavras