Esta pesquisa investiga a utilização de mapas mentais como recurso didático no ensino de Ciências para alunos do Ensino Fundamental, partindo da premissa de que os conteúdos dessa área, frequentemente abstratos e complexos, demandam metodologias que facilitem a compreensão e a retenção do conhecimento. Os mapas mentais são apresentados como ferramentas visuais que permitem a organização hierárquica e interdisciplinar das informações, estimulando a memória, a criatividade e o raciocínio associativo. O estudo está fundamentado teoricamente no cognitivismo e na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel, que enfatiza a importância de ancorar novos conhecimentos em estruturas cognitivas preexistentes. Além disso, referencia-se em Tony Buzan, criador e popularizador dos mapas mentais, que defende sua eficácia como instrumento de organização do pensamento e potencialização das funções cerebrais. A metodologia adotada é de caráter exploratório e descritivo, baseada em revisão bibliográfica, com o objetivo de analisar criticamente estudos anteriores e identificar as potencialidades pedagógicas dos mapas mentais no contexto do ensino de Ciências. Os resultados indicam que os mapas mentais favorecem não apenas a memorização, mas também o desenvolvimento de habilidades cognitivas superiores, como análise, síntese, pensamento crítico e capacidade de argumentação. Eles permitem a visualização de relações entre conceitos, facilitam a integração de novos saberes e promovem a participação ativa dos estudantes na construção do conhecimento. A flexibilidade dessa ferramenta, que pode ser utilizada tanto de forma analógica (com papel e caneta) quanto digital (com softwares especializados), a torna acessível e adaptável a diferentes contextos educacionais. Conclui-se que os mapas mentais representam uma estratégia pedagógica inovadora e alinhada às demandas contemporâneas de educação, capaz de tornar o ensino de Ciências mais significativo e eficaz. Sua aplicação contribui para a formação de estudantes mais autônomos, criativos e críticos, preparados para lidar com a complexidade do conhecimento científico.

Referências bibliograficas:

BUZAN, T. Mapas mentais. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

MOREIRA, M. A. Mapas mentais e aprendizagem significativa. São Paulo: Centauro, 2010. Disponível em: https://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/NDE/MAPAS%20CONCEITUAIS.pdf. Acesso em: 02 jul. 2025.