IFFar - Campus Frederico Westphalen
O recente caso envolvendo celebridades no transplante de órgãos traz à tona uma discussão interessante: a possibilidade de usar órgãos de outras espécies animais em seres humanos. Este projeto tem como objetivo identificar quais órgãos podem ser transplantados de animais para humanos e analisar a viabilidade. A pesquisa analisou cirurgias médicas que são realizadas atualmente e artigos científicos de possíveis procedimentos. O estudo indicou que o animal que tem maior compatibilidade para transplantes com humanos é o suíno doméstico (Sus scrofa domesticus), sendo comum o uso de suas válvulas cardíacas. O corpo humano não sobrevive um longo período com órgãos mais complexos, como o coração. Se torna um procedimento caro e complicado de realizar muitas vezes, por isso não está disponível na saúde pública. Embora as pesquisas sobre o xenotransplante tenham aumentado, ainda existem muitas incertezas e riscos na hora de realizar este procedimento, como a possibilidade de rejeição do órgão e a transmissão de doenças do animal para o humano, como no caso do paciente norte-americano David Bennet. O caso ficou marcado por ser o primeiro transplante de um coração suíno geneticamente modificado com proteínas humanas, de forma a reduzir a rejeição por parte do receptor. No entanto, o paciente veio a falecer dois meses depois, vítima de uma infecção por porcine cytomegalovirus. Ainda há um intenso debate bioético, moral e filosófico sobre o uso de órgãos animais. Para muitas pessoas o uso de órgãos animais em seres humanos é algo contra seus princípios morais e éticos, então optam por não segui-lo.
Referências bibliograficas: