Luz e Chocolate: Uma Receita para Medir a Velocidade das Ondas Eletromagnéticas

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Ana Gabriela Linck Cabrera 1 ; Geovana Caroline Triz 2 ; Lorenso Martins Prestes 3 ; Vitória Maria de Cristo Pedroso 4 ; Fernando Jose Vinhas Sousa Coelho 5
1Estudante do Curso Téc. em Administração (1º ano, T 15), e-mail: ana.2023300360@aluno.iffar.edu.br 2Estudante do Curso Téc. em Administração (1º ano, T 15), e-mail: geovana.2023300496@aluno.iffar.edu.br 3Estudante do Curso Téc. em Administração (1º ano, T 15), e-mail: lorenso.2023300709@aluno.iffar.edu.br 4Estudante do Curso Téc. em Administração (1º ano, T 15), e-mail: vitoria.2023300905@aluno.iffar.edu.br 5Professor, e-mail: fenando.coelho@iffarroupilha.edu.br

Desde os primórdios do reconhecimento da ciência, os estudiosos nutriram uma curiosidade incansável em relação à luz e suas características. Perguntas sobre sua natureza finita ou infinita e a possibilidade de medi-la intrigaram mentes brilhantes ao longo da história. Galileu foi um dos primeiros a tentar medir a velocidade da luz, embora seu experimento inicial não tenha gerado resultados confiáveis. Foi somente em 1676 que o assistente astrônomo dinamarquês Ole Römer realizou as primeiras medições razoáveis da velocidade da luz, ao observar um dos satélites de Júpiter (Io) e calcular sua velocidade em 200.000 km/s. Essa marca histórica representou o primeiro passo na determinação finita da velocidade da luz. No entanto, o valor correto de 299.792 km/s só seria estabelecido em 1926 pelo físico alemão Albert Michelson, após 25 anos de aprimoramento do interferômetro, um dispositivo que mede o desvio da luz refletida por espelhos rotativos. O presente trabalho de pesquisa apresenta um experimento atual que visa demonstrar uma maneira criativa e acessível de medir a velocidade da luz com o objetivo de despertar o interesse do público para a experimentação científica e pela ciência no geral. A metodologia utilizada neste estudo foi a pesquisa bibliográfica e a experimentação direta. A partir do estudo da física das ondas eletromagnéticas, reproduzimos um experimento que consiste em colocar uma barra de chocolate em um aparelho de micro-ondas sem o prato rotatório e aquecê-la com cuidado. Com o passar do tempo, notamos a formação de "buracos" consideráveis no chocolate, identificados como regiões de máxima interferência construtiva das ondas eletromagnéticas. Medimos as distâncias entre esses buracos para obter valores que nos permitirão calcular o comprimento de onda (λ). Com a frequência das ondas do micro-ondas conhecida, utilizamos a equação V = λ * f para determinar a velocidade da onda do micro-ondas, e, por consequência, a velocidade da luz. Este experimento se baseia no princípio de que a luz é uma onda eletromagnética, e todas as ondas eletromagnéticas têm a mesma velocidade de propagação, incluindo as ondas de micro-ondas. Portanto, podemos usar esse experimento para estimar a velocidade da luz. Esperamos que este experimento forneça uma maneira educativa e acessível de medir a velocidade da luz, além de divulgar informações sobre os métodos históricos usados para essa medição. Ao fazê-lo, buscamos inspirar jovens a se interessarem pela ciência e experimentação, mostrando que é possível realizar experimentos fascinantes com recursos simples, como um micro-ondas. Assim, esperamos contribuir para a disseminação do conhecimento científico e encorajar o interesse pela velocidade da luz, que está presente em diversos aspectos de nossa vida cotidiana.

Referências bibliograficas:

Palavras chaves: Micro-ondas; ondas eletromagnéticas; velocidade da luz.

Obs.: Este resumo contém 426 palavras