O Brasil se destaca por ser um dos maiores produtores e exportadores de suínos do mundo, onde a região Noroeste do RS, principalmente a microrregião de Frederico Westphalen, apresenta destaque significativo. Nesse cenário, os dejetos suínos, produzidos em abundância, necessitam ser tratados e utilizados de maneira correta, para evitar possíveis contaminações ambientais. Convém salientar que os dejetos suínos, armazenados em esterqueiras, e o posterior uso como fertilizante orgânico, como é comum na região de Frederico Westphalen, apresenta alto potencial de contaminação do ambiente. O propósito deste trabalho é demonstrar uma alternativa de processamento ambientalmente correto dos dejetos suínos produzidos nas granjas, transformando-os em adudo orgânico granulado. De forma resumida, ocorre a separação da porção sólida da líquida, e posteriormente, utilizando equipamentos / processos específicos, é possível obter um fertilizante orgânico de ótima qualidade, além disso, apenas a porção líquida será liberada para os biodigestores ou lagoas de decantação (esterqueiras). Com a implantação de um sistema eficiente de tratamento dos dejetos, diminuem a necessidade de áreas de descarte, viabilizando a ampliação e a implantação de novos empreendimentos suinícolas. A transformação da fração sólida dos dejetos em fertilizante orgânico granulado permite que o passivo ambiental gerado na unidade de produção de suínos seja retirado do local, minimizando a contaminação do solo e da água. Na agricultura, o fertilizante orgânico granulado poderá ser utilizado conforme as recomendações agronômicas, com base na disponibilidade de nutrientes no solo e na necessidade das plantas, potencializando a sua eficiência e minimizando os riscos de contaminação do ambiente. Outro aspecto importante que deve ser mencionado, é que essa tecnologia poderá possibilitar maior rentabilidade aos produtores que poderão comercializar os fertilizantes produzidos nas suas propriedades. A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho consistirá em pesquisas bibliográficas e leituras dirigidas a respeito do assunto. Assim, conclui-se que a suinocultura apresenta-se como uma boa alternativa de renda, mas é necessário ter cuidados ambientais, pelo poder contaminante dos dejetos. Nesse cenário, tornam-se cada vez mais importantes e imprescindíveis novas alternativas e tecnologias para trabalhar com os dejetos produzidos pelos suínos, onde a transformação desses, em fertilizantes, se constitui como uma importante ferramenta, aliando sustentabilidade, preservação do meio ambiente e possibilidade de incremento na renda dos produtores.

Referências bibliograficas:

https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/nova-tecnologia-transforma-dejetos-em-adubo-gerando-oportunidade-de-renda-ao-suinocultor/20160321-092150-w810

https://agroceresmultimix.com.br/blog/manejo-dos-dejetos-na-suinocultura/

https://agroceresmultimix.com.br/blog/manejo-dos-dejetos-na-suinocultura-parte-2/

VILELA, D. M.; PIESANTI, J. L. Gerenciamento de Resíduos Sólidos Orgânicos da UFGD por Meio da Compostagem. Revista Ciência em Extensão, São Paulo, v. 11, n. 3, p. 28-39, set./dez. 2015.

SERPA FILHO, R. S.; SEHNEM, S.; CERICATO, A.; JUNIOR, S. S.; FISCHER, A. Compostagem de dejetos de suínos. Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, Maringá, v. 6, n. 1, p. 47-78, jan./abr. 2013.