O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como autismo, é um distúrbio psiquiátrico que impacta o neurodesenvolvimento, manifestando-se por meio de características atípicas, tais como dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e percepções singulares do mundo, interesses restritos, entre outros aspectos podendo variar bastante de pessoa para pessoa. De acordo com informações do Ministério da Saúde, o autismo é uma síndrome complexa, mais comum do que se imagina, superando em frequência condições como AIDS, câncer e diabetes juntas. Uma estatística amplamente aceita pela comunidade científica, fornecida pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, indica que uma em cada 110 crianças apresenta algum grau de autismo. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que atualmente existam mais de 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo. O autismo, geralmente, é identificado entre um ano e meio e três anos de idade, embora seus sinais já possam se manifestar nos primeiros meses de vida. Entretanto, apesar dos números expressivos, o transtorno do espectro autista permanece pouco conhecido e, muitas vezes, mal compreendido pelo público em geral, o que tende a dar origem a estereótipos, mitos e informações incorretas acerca do tema. O objetivo deste trabalho é realizar uma análise da percepção do público em relação às principais características do TEA, bem como identificar e examinar notícias falsas e desinformações que contribuem para a discriminação das pessoas com TEA. Nossa abordagem metodológica compreenderá tanto a pesquisa bibliográfica quanto a pesquisa de campo, na qual serão conduzidas entrevistas com indivíduos dentro e fora do espectro autista. Esperamos que este trabalho forneça subsídios essenciais para a elaboração de estratégias de conscientização e educação do público em geral, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e empática em relação ao autismo.

Referências bibliograficas: