Neste trabalho abordaremos o sistema de manejo, sua influência e seu histórico. A bovinocultura de leite tem como princípio produzir, pensando nisso, foram, ao longo do tempo, desenvolvidas estratégias em busca de uma produção adequada visando também o bem-estar animal. Considerando a necessidade animal, foram desenvolvidas formas de manejo: como a relação é de simbiose, o homem sempre buscou trabalhar com formas de produção que exigisse pouco investimento e gerasse bons resultados. Com a evolução das formas de produção e de manejo, alguns conceitos tornaram-se desafios, tais como o bem estar animal. Além disso, ao atuar com princípios ambientais e sustentáveis levando em consideração as intempéries climáticas, as formas de manejo consideradas tradicionais foram cada vez deixadas mais de lado, com isso, as formas de produção no sistema intensivo começaram a ser mais aplicadas pelos produtores, porém, com a necessidade de altos investimentos, os produtores começaram a enfrentar dificuldades econômicas. Pensando nisso, muitos voltaram a utilizar as formas de manejo consideradas ultrapassadas, entretanto o clima, os resultados na produção, e a mão de obra continuam sendo um problema. Ademais, os tipos de pastagem utilizadas e o controle na questão de rotatividade também sofreram influências da tecnologia. Desse contexto nasceu o sistema rotatínuo de pastagem, o qual é cada vez mais aplicado pelos pequenos produtores, já que é um sistema que principalmente não depende de grandes investimentos financeiros e nem de grande quantidade de hectares de terras. Esse sistema, então, tem como principal vantagem atuar de forma mais sustentável, preocupando-se principalmente com o bem estar animal. Visando isso, foi realizada esta pesquisa e, através dela, será apresentado um sistema de manejo que, dentro da bovinocultura de leite, tem como princípio garantir o bem-estar animal, respeitando o meio ambiente e tendo, também, resultados positivos na produção. Como base para esta pesquisa será utilizado o sistema rotatínuo idealizado pelo Professor Doutor Paulo César De Faccio Carvalho (UFRGS). Após a pesquisa bibliográfica sobre o assunto, vamos demonstrar a experiência deste sistema na região de pastoreio onde residem os integrantes do grupo e, também, fazer uma comparação com os sistemas de confinamento Compost Barn e Free Stall. Como resultado, percebemos que é possível produzir, com sustentabilidade, garantindo o bem-estar animal e conservando o meio ambiente, não necessariamente havendo necessidade do animal estar confinado, considerando, além de outros fatores, as intempéries climáticas. No trabalho, serão pesquisadas as variedades de pastagens mais indicadas ao clima e ao sistema em questão e também serão esclarecidas as diferenças causadas no resultado de quando o sistema é bem aplicado, considerando as particularidades das diferentes raças de bovino utilizadas para a produção leiteira. Dessa forma, esclarecemos como o manejo influencia positivamente ou negativamente dependo da forma como é aplicado.

Referências bibliograficas:

Eidt, J. 2015 Metas de manejo para pastos de Tifton 85 submetidos a diferentes estratégias de utilização: impactos na estrutura do pasto, eficiência de colheita e produção de forragem. Dissertação (M.Sc.). Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Schons, R.M.T. 2015. Critérios para manejo de pastagens fundamentado no comportamento ingestivo dos animais: um exemplo com pastoreio rotativo conduzido sob metas de manejo contrastantes. Dissertação (M.Sc.). Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Silva, S.C.; Nascimento Júnior, D. 2007. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo. R. Bras. Zootec. 36: 121-138, suplemento especial.