Utilização de Algas Diatomáceas como Bioindicadoras de Qualidade da Água dos Rios e Lajeados de Palmitinho-RS

I. E. E. 22 de Maio (Palmitinho)

Lucas Barro 1 ; Maria Izabel Mendes dos Reis 2 ; Jefferson Antonio Candaten 3
1 e-mail: lucasbarro.150@gmail.com 2 e-mail: mariaizabelmreis12@gmail.com 3Professor, e-mail: jefferson-acandaten@educar.rs.gov.br

A água é uma substância fundamental para a vida, fazendo parte da estrutura dos seres vivos, de suas reações bioquímicas e do transporte de nutrientes e das excreções. O gerenciamento dos recursos hídricos implica na importância do uso racional da água para um desenvolvimento sustentável, visando também a saúde pública, a segurança alimentar, a energia elétrica, a agricultura e o desenvolvimento rural (Lobo et al. 2016). O monitoramento da qualidade da água de um corpo hídrico é de grande importância socioambiental. Essa qualidade pode ser aferida com organismos bioindicadores. As diatomáceas, destacam-se como bons bioindicadores, auxiliando no monitoramento da qualidade dos ecossistemas aquáticos, inferindo sobre os processos de alteração ambiental durante longo período (SILVA-LEHMKUHL, 2019). A pesquisa tem como objetivo principal, avaliar a qualidade de água de rios importantes de Palmitinho-RS, utilizando grupos de algas diatomáceas mais tolerantes e menos tolerantes à poluição. Para desenvolver a pesquisa serão definidos 02 pontos de coleta ao longo de cada corpo hídrico. As coletas serão mensais, na última semana de cada mês. Para a coleta dessas algas, 05 pedras subaquáticas devem ser raspadas com uma escova até que se obtenha uma quantidade adequada de mucilagem parda. Considerando que os estudos serão baseados nas frústulas de sílica das diatomáceas, a matéria orgânica da amostra deve ser desintegrada. Para o processo de oxidação da matéria orgânica, serão pesados 1g de sedimento úmido da amostra. Após, será colocado em um béquer e adicionar 20 ml de solução de hipoclorito de sódio concentrado. Finaliza-se o processo com algumas gotas de ácido clorídrico 50%, para remoção dos carbonatos. A amostra, já fria, deverá ser centrifugada a uma velocidade de 1100 rpm durante 3 minutos por 5 vezes, descartando o sobrenadante e suspendendo o material do fundo. Nas últimas lavagens serão pingadas algumas gotas de hidróxido de amônio 1% para remoção da argila. A amostra será diluída em água destilada e pingada sobre uma lamínula, deixando essa secar a temperatura ambiente (BATTARBEE, 1986). Após a montagem das lâminas, proceder-se-á com a visualização no microscópio óptico, identificando e contando as espécies até um número de 300 exemplares. Após esse processo será feita a aplicação de índices bióticos e interpretação de resultados (CANDATEN, 2005). Como resultado esperado, pretende-se obter a classificação da qualidade de água dos rios e lajeados do município através do uso de diatomáceas bioindicadoras e métodos bióticos de análise.

Referências bibliograficas:

BATTARBEE, R.W. Diatom Analysis; in: Berglund, B. E. (ed.) Handbook of Holocene Palaeoecology and Palaeohydrology, p.527-570. 1986.

CANDATEN, J. A. Estudo das algas diatomáceas Epilíticas bioindicadoras de qualidade da água no Rio Pessegueiro, município de Vista Alegre-RS. Trabalho de Conclusão de Curso.54 pag. URI, Frederico Westphalen-RS, 2005.

LOBO, E. A. et al. Índice trófico de qualidade da água: guia ilustrado para sistemas lóticos subtropicais e temperados brasileiros. [recurso eletrônico]. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2016.

SILVA-LEHMKUHL, A. M. da et al. Bioindicadores ambientais: o que as diatomáceas dizem sobre o ambiente humano. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 51, Seção especial: Técnica e Ambiente, p. 63-83, agosto 2019.

Palavras chaves: Diatomáceas, Bioindicadores, Biomonitoramento, Qualidade de água.

Obs.: Este resumo contém 390 palavras