IFFar - Campus Frederico Westphalen
O uso de dispositivos eletrônicos vem se tornando mais presente na vida cotidiana, sendo utilizados tanto como passatempo quanto pela praticidade para realizar as atividades do dia a dia. Porém, nos últimos anos, vemos que o uso desses dispositivos vem aumentando na vida de crianças e adolescentes; tal uso se tornou excessivo e vem gerando um certo nível de dependência para esses indivíduos. Além de dependência que, por si só, pode trazer prejuízos à vida social e pessoal do usuário, fazendo-o se isolar e sentir necessidade constante de acessar redes sociais, jogos, entre outros recursos online, as telas de dispositivos eletrônicos causam distúrbios no sono, visto que a luz azul emitida por elas interrompe a produção de melatonina, hormônio que sinaliza a hora de dormir (Tähkämö et al., 2019). Outra preocupação crescente com o uso excessivo de smartphones é o aumento precoce do grau de miopia, devido ao maior esforço dos músculos oculares para manterem o foco em telas pequenas. Diante disso, nossa proposta é alertar aos visitantes da IX Mostra Regional de Ciências do Instituto Federal Farroupilha - FW, quais são os riscos do uso não controlado de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes, para que, de forma interativa, uma melhor compreensão sobre o assunto permita ao público a elaboração de uma autocrítica sobre a sua relação com as telas. Para isso, iremos expor dados coletados a partir de um formulário respondido pelos alunos de nosso campus, analisando como eles se identificam quanto ao uso de dispositivos eletrônicos, se possuem algum conhecimento sobre as consequências do uso excessivo e quais são os principais problemas que podem ocorrer a partir disso. Através dos dados do formulário, respondido por 33 pessoas, foi possível constatar que os dispositivos mais comumente usados são o telefone celular e o computador. Sobre a quantidade de horas nos dispositivos, 39,4% dos respondentes passam 5 horas ou mais em frente às telas, tempo considerado médio por 54,5%. Em relação à percepção de que houve uma mudança no uso das telas antes e depois da pandemia, 93,9% dos indivíduos responderam afirmativamente. Sobre a idade em que começou a utilizar, a maioria respondeu que com 5 anos ou mais. No que diz respeito aos transtornos causados pelo uso excessivo de telas, as maiores porcentagens foram de transtornos do sono, que atingem 48,5% de pessoas, seguido de problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador, correspondendo a 39,4% das respostas, mesma porcentagem de respostas de pessoas que sentem afetadas por transtornos de imagem corporal e autoestima. Por fim, pode-se concluir que o uso excessivo das telas pode ocasionar desde alterações no sono, até problemas de visão e de autoimagem/autoestima; por isso, a autoavaliação e conhecimento dos possíveis malefícios são ferramentas válidas para que as pessoas possam desenvolver uma relação mais saudável e de menor dependência no uso desses dispositivos.
Referências bibliograficas:
Tähkämö L, Partonen T, Pesonen AK. Systematic review of light exposure impact on human circadian rhythm. Chronobiol Int. 2019 Feb;36(2):151-170. doi: 10.1080/07420528.2018.1527773. Epub 2018 Oct 12. PMID: 30311830.
VARELA, M. Crianças, adolescentes e o excesso de telas. UOL, 2021. Disponível em: . Acesso em: 31 de julho de 2023.