IFFar - Campus Frederico Westphalen
Este trabalho tem como objetivo facilitar a compreensão do DNA (ácido desoxirribonucleico) como macromolécula que guarda e transmite informações genéticas de todo ser vivo. O DNA é uma estrutura biológica composta de pequenas partes, chamadas nucleotídeos. Os nucleotídeos, no caso do DNA, são classificados em quatro tipos: Adenina (‘A’) e Citosina (‘C’) – descritos como purinas (compostas por carbono, hidrogênio, nitrogênio e, por vezes, oxigênio); e Guanina (‘G’) e Timina (‘T’) – descritos como pirimidinas (compostas por carbono e nitrogênio). A representação do DNA com Dupla Hélice (duas ‘fitas’, uma ao lado da outra) é constituída como uma sequência de pares de Timina e Adenina (T-A) e de Guanina e Citosina (G-C) ligadas entre si por pontes de hidrogênio (Vitório, 2017). Em abril de 2023 completaram-se 70 anos da representação do DNA como estrutura de Dupla Hélice por James Watson e Francis Crick, no ano de 1953. Este modelo, pela sua capacidade explicativa, contribuiu para o surgimento da área de biologia molecular e para inúmeras descobertas científicas, razão pela qual os autores foram laureados com o Prêmio Nobel de Fisiologia, em 1962 (ABC, 2018). Neste trabalho, será construída uma simulação de investigação criminal na qual algumas ‘provas’ (evidências criminais) que contém traços de DNA de ‘um criminoso’ serão fornecidas para elucidação de um ‘crime’. Os traços de DNA são resquícios biológicos e podem ser encontrados em diferentes superfícies como em objetos, na parede ou no chão. As ‘provas’ coletadas permitirão pesquisar qual ‘o culpado’ pelo crime fictício. Isso poderá ser feito a partir da comparação entre os traços de DNA encontrados na ‘cena do crime’ e registros de DNA armazenados em um banco de dados de um laboratório forense. O intuito da experiência é que os visitantes da Mostra de Ciências (2023) do IFFar – Campus Frederico Westphalen interajam com a cena do crime e com as evidências fornecidas e aprendam como é realizada a identificação do DNA. Além disso, permitirá conscientizar o público sobre a existência da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), onde o registro de DNA de pessoas condenadas e evidências criminais são registradas e mantidas como potenciais provas e meios de comparação pelas polícias brasileiras (BRASIL, 2023). Os autores deste trabalho apresentaram uma experiência similar na Mostra de Ciências de 2022 no trabalho intitulado ‘Química Forense: Evidências Criminais’, no qual os traços investigados eram identificados a partir de elementos químicos (Sponchiado et al., 2022). Naquela experiência foi proposta uma cena de crime ficcional onde havia elementos químicos tratados como evidências de um crime. Neste ano, o aprendizado se dará a partir da área de biologia, no qual vestígios de DNA deverão ser analisados pelos espectadores presentes para conhecerem a estrutura do DNA e sua aplicação prática no contexto jurídico. No decorrer da prática serão disponibilizadas características dos suspeitos que auxiliarão na elucidação da cena do crime. Como conclusão e aprendizado, espera-se contribuir para compreensão da estrutura de DNA e sua relevância histórica, a partir da biologia, na investigação de traços genéticos dos seres vivos.
Referências bibliograficas:
ABC (Academia Brasileira de Ciências). 65 anos da Dupla Hélice do DNA. Disponível em: https://www.abc.org.br/2018/04/25/65-anos-da-dupla-helice-do-dna/. Acesso em: 18 ago. 2023.
BRASIL. Rede Integrada de Perfis Genéticos. Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/ribpg/relatorio/xvi-relatorio-da-rede-integrada-de-bancos-de-perfis-geneticos-maio-2022. Acesso em: 18 ago. 2023.
Vitório, Felipe. DNA no Ensino de Biologia e Química. Revista Educação Pública. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/16/dna-no-ensino-de-biologia-e-qumica. Acesso em: 18 ago. 2023.
Sponchiado, Davi V.; Natalli, Eduarda; BUENO, Murilo S. C.; GOMES, Yasmin N.; GARCIA, Denis S.; GOIS, Pedro H. Química forense: evidências criminais. Anais.. VIII Mostra Regional de Ciências, Instituto Federal Farroupilha – Campus Frederico Westphalen (RS), p. 105, 2022.