O Crescimento de Transtornos Mentais na Comunidade Acadêmica do Campus IFFar - Frederico Westphalen

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Bruno Gustavo Groth 1 ; Cândida Eugênia Kunze 2 ; Elisa Bitencurt Ceolin 3 ; Vitória Eloisa da Silva 4 ; Jamile Queiroz Pereira 5
1Estudante do Curso Téc. em Informática (1º ano, T 14), e-mail: bruno.2023315579@aluno.iffar.edu.br 2Estudante do Curso Téc. em Informática (1º ano, T 14), e-mail: candida.2023309689@aluno.iffar.edu.br 3Estudante do Curso Téc. em Informática (1º ano, T 14), e-mail: elisa.2023313681@aluno.iffar.edu.br 4Estudante do Curso Téc. em Informática (1º ano, T 14), e-mail: vitoria.2023315381@aluno.iffar.edu.br 5Professora, e-mail: jamile.queiroz@iffar.edu.br

Os distúrbios mentais são alterações nos pensamentos, nas emoções e no comportamento, que podem ser duradouros ou temporários, e que irão afetar pelo menos 50% da população mundial em algum momento da vida. O aumento de diagnósticos desses transtornos, tais como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), entre outros, tem sido recorrente segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde, 2022). Uma parcela significativa de doenças mentais foi diagnosticada em adolescentes que foram surpreendidos com a pandemia da SARS-Cov 2 a partir de 2019, que levou ao isolamento social, incluindo períodos de quarentena, que, apesar de necessários, influenciaram na sua saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a saúde mental global piorou em 25%, um ano após a pandemia. A partir dessa realidade, o objetivo deste trabalho foi criar um perfil da condição da saúde mental da comunidade acadêmica do Instituto Federal Farroupilha, campus Frederico Westphalen. Para isso, foi publicado um formulário com questões a serem respondidas anonimamente tanto por estudantes quanto por servidores do campus, a fim de coletar informações tais como idade, presença de diagnóstico de alteração da condição mental feita por profissional habilitado, uso de medicamentos e autopercepção sobre a sua situação mental. No total, 67 pessoas responderam ao questionário, estando 82,1% delas na faixa etária entre 14 e 17 anos. Ao serem questionadas sobre possuírem avaliação por profissional (psicólogo ou psiquiatra), 53,7% afirmaram não apresentarem nenhuma forma de distúrbio mental, 38,8% foram diagnosticados com ansiedade e 24% com outras formas de condições mentais, como depressão, TDAH, TOC, transtorno do espectro autista e transtorno alimentar. Do total de respondentes, 78,8% relataram não fazer uso de medicamentos, enquanto 21,2% usam fármacos para tratar distúrbios mentais, sendo que, destes, 42,9% o fazem sem prescrição médica. Sobre a sua percepção acerca da saúde mental, 54,5% das pessoas afirmaram que sentiram alguma alteração na sua saúde psicológica após a chegada da pandemia de COVID 19. Com esses resultados, conclui-se que há uma quantidade acentuada de pessoas diagnosticadas com ansiedade e outras alterações psicológicas e que não buscaram tratamento e acompanhamento profissional, ainda que 81,5% delas pratique algum esporte ou tenha algum hobbie para melhorar a sua condição. Além disso, é preocupante o número de pessoas que utilizam medicamentos psiquiátricos sem prescrição do profissional competente. Através da exposição desses dados, este trabalho busca esclarecer sobre as características dos principais transtornos mentais, alertar sobre a necessidade de autocuidado, autoconhecimento e acolhimento e reforçar a importância da busca por auxílio profissional.

Referências bibliograficas:

Organização Pan-Americana da Saúde. (2022) OMS destaca necessidade urgente de transformar saúde mental e atenção. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/17-6-2022-oms-destaca-necessidade-urgente-transformar-saude-mental-e-atencao. Acesso em: 03 set. 2023.

Palavras chaves: Medicamentos; Transtornos Mentais; Tratamentos.

Obs.: Este resumo contém 420 palavras