Vitiligo em Humanos: Informar para Vencer o Preconceito

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Antonio Stona 1 ; Emanuelly de Oliveira 2 ; Katiane Lopes 3 ; Monique Pacheco de Souza 4 ; Jamile Queiroz Pereira 5
1Estudante do Curso Téc. em Administração (3º ano, T 35), e-mail: antonio.2021302553@aluno.iffar.edu.br 2Estudante do Curso Téc. em Administração (3º ano, T 35), e-mail: emanuelly.2022309601@aluno.iffar.edu.br 3Estudante do Curso Téc. em Administração (3º ano, T 35), e-mail: katiane.2021308397@aluno.iffar.edu.br 4Estudante do Curso Téc. em Administração (3º ano, T 35), e-mail: monique.2021300450@aluno.iffar.edu.br 5Professora, e-mail: jamile.queiroz@iffar.edu.br

O vitiligo se caracteriza pela despigmentação de regiões da pele, devido à destruição dos melanócitos, células produtoras do pigmento melanina. Apesar das alterações estéticas, a condição não causa danos à saúde física das pessoas que a desenvolvem nem é transmissível. Ainda assim, gera muito preconceito por parte da população, o que leva ao isolamento e a tentativas de esconder ou tratar as manchas pelos portadores do distúrbio. Assumindo que o preconceito sofrido por mais de 1 milhão de pessoas que têm vitiligo no Brasil deve-se, principalmente, à falta de conhecimento sobre a característica benigna da condição, este trabalho tem como objetivo informar sobre os aspectos gerais da manifestação, tais como sua definição, possíveis causas, formas de tratamento mais recentes e os problemas psicológicos oriundos da discriminação sofrida pelos seus portadores. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica no portal de periódicos SciELO, considerando artigos de revisão publicados no Brasil nos últimos 5 anos, que trouxessem dados sobre o vitiligo. Através desses critérios, foram encontrados 11 artigos que abordam a condição, a partir dos quais as considerações a seguir foram apuradas. O vitiligo é considerado uma doença autoimune na qual há autoagressão dos melanócitos. O componente genético influencia entre 75 e 83% dos casos. No Brasil, atinge entre 0,46 e 0,68% da população, independente de sexo ou etnia. Com relação ao descobrimento da doença, cerca de 50% dos casos se apresentam nos primeiros 20 anos, e destes, 14% antes dos 10 anos de idade. Existem seis tipos de vitiligo: focal, mucosal, segmentar, acrofacial, comum e universal. A principal queixa dos portadores da condição refere-se à perda na sua qualidade de vida, pois o vitiligo, infelizmente, causa diversos estigmas aos seus portadores, majoritariamente, no que tange às discriminações sofridas. Seu impacto psicológico desperta marcas, tais como a baixa autoestima, depressão, ansiedade, reclusão social, sensação de rejeição e o constante medo de sofrer bullying. Além disso, mesmo que existam pessoas que já passaram pelo processo de aceitação, tais preconceitos ainda as afetam, ditando até mesmo a escolha de roupas ou o uso de cosméticos para camuflar a despigmentação. É fato afirmar que não existe uma cura para a doença, porém, existem alguns tratamentos que visam promover a repigmentação, com sucesso em cerca de 80% dos casos. Frente a esses dados, conclui-se que a conscientização de toda a sociedade sobre as características benignas do vitiligo e sobre as consequências psicológicas do preconceito associado à condição são imprescindíveis para melhorar a qualidade de vida dos portadores da característica.

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Palavras chaves: vitiligo, estética, desinformação

Obs.: Este resumo contém 414 palavras