A preocupação com o constante aumento das filas de espera por um órgão, tem dado ênfase aos estudos e pesquisas sobre o Xenotransplante. O procedimento consiste no transplante de órgãos de diferentes espécies, especificamente os suínos, que são geneticamente modificados, que precisam ser criados de modo, totalmente, distinta dos animais de abate. Assim, este trabalho busca dar ênfase na suinocultura de criação especializada, visto que, os suínos são considerados uma opção promissora como doadores universais, principalmente de rins, coração, córneas e pele, devido a sua semelhança em tamanho, fisiologia e metabolismo com os órgãos dos seres humanos. Apesar disso, perante tais avanços da ciência mundial uma parcela da população repudia este fato, havendo muitas barreiras a serem superadas, tanto no campo técnico-científico como no campo ético. No campo técnico, a maior barreira ainda tem sido a rejeição do organismo aos órgãos transplantados, por conta do sistema imunológico que o vê como uma “infecção” e o “ataca”. Do ponto de vista ético, o uso dos mesmos para transplante, envolve questões religiosas e falta de informação, que também acabam interferindo na aceitação do procedimento. Neste sentido, o objetivo principal do trabalho é propor reflexão e debate sobre a técnica que faz uso de órgãos de animais em humanos. A metodologia possui uma revisão bibliográfica, uso de um modelo anatômico sintético do coração humano, um coração e um rim dissecado de suíno, conservado em formalina a 20%. E para conhecer a opinião da comunidade acadêmica e público em geral, presente na 9a edição da Mostra Regional de Ciências, será aplicado um questionário por meio da plataforma Google Docs®, para posteriores análises e reflexões.

Referências bibliograficas:

Reportagem Canal Rural “Xenotransplante: transplante de órgãos entre suínos e humanos | Ligados & Integrados - 08/11/2021”.

Matéria do g1 “Brasileiros editam genes de porcos, buscam verba e planejam testes para usar rim suíno em humanos; entenda” - 21/10/2021.