A Teoria de Oersted, formulada pelo físico dinamarquês Hans Christian Oersted em 1820, estabeleceu interconexão entre eletricidade e magnetismo através da observação da corrente elétrica na geração de campo magnético, e desempenhou papel crucial na compreensão dos fenômenos magnéticos terrestre, sendo significativo para a geofísica, a navegação e a compreensão dos processos internos da Terra. O magnetismo terrestre, por sua vez, como campo magnético que circunda nosso planeta (Mello, 2023), estabelece relação entre a Teoria de Oersted e reside na compreensão de que o núcleo externo da Terra é composto principalmente de ferro líquido em movimento, criando correntes elétricas naturais, que, de acordo com a Teoria de Oersted, geram campo magnético ao redor da Terra (Silva Júnior, 2023b). Diante disso, surgem vários questionamentos: O que é um campo magnético? Por que os objetos de metal são atraídos por ímãs e como estes funcionam? Qual é a diferença entre um pólo norte magnético e um pólo sul magnético? Como identificar os pólos de um ímã? O que é uma bússola e como ela funciona? Qual a contribuição do magnetismo para a humanidade? Essas questões foram desenvolvidas a partir de curiosidades, com base em uma série do gênero ficção científica, chamada; “Stranger Things”, lançada em 2016, envolve uma mistura de elementos de ficção científica, características magnéticas e elétricas, devido à presença de um “Upside Down” (Mundo Invertido), que é acessado através de um portal localizado em um laboratório de pesquisa. Nesse sentido, o estudo tem como objetivo explorar a relação entre a Teoria de Oersted e o magnetismo terrestre. A pesquisa envolveu uma revisão da literatura científica relacionada à Teoria de Oersted, bem como aos avanços em geofísica e magnetismo terrestre, destacando como os princípios dessa teoria contribuíram para uma compreensão mais ampla do comportamento do campo magnético da Terra (Silva Júnior, 2023a). Para compreensão do tema, experimentos foram desenvolvidos, fazendo uso de imãs e ferrofluido; e giroscópio de levitação magnética, com a demonstração das linhas do campo eletromagnético que se assemelha aos polos magnéticos do planeta Terra. Os resultados indicam uma relação conceitual entre a Teoria de Oersted e o magnetismo terrestre. Embora em escala planetária os processos sejam mais complexos do que um simples experimento de laboratório, a ideia de que correntes elétricas em movimento no núcleo terrestre podem gerar um campo magnético é consistente com os princípios estabelecidos por Oersted. A compreensão possibilitou entender da estrutura interna da Terra, os processos no núcleo e como esses podem gerar um campo magnético. A Teoria de Oersted, ao estabelecer os fundamentos da conexão entre eletricidade e magnetismo, desempenhou papel importante na compreensão do magnetismo terrestre. Esse vínculo entre uma descoberta laboratorial e fenômenos naturais de grande escala, demonstra a poderosa influência das teorias científicas fundamentais em várias áreas do conhecimento, despertando, cada vez mais, o interesse de estudantes a pesquisas e aprofundar conceitos de forma mais atrativa. Para além disso, a construção do conhecimento pelos estudantes, e o despertar para a ciência tem sido um dos fatores mais relevantes dessa prática.

Referências bibliograficas:

MELO, Pâmella Raphaella. Campo magnético da Terra. Brasil Escola. 2023. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-campo-magnetico-terra.htm. Acesso em 21 ago. de 2023.

SILVA JÚNIOR, Joab Silas da. O campo magnético terrestre. Mundo Educação. 2023a. https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-terrestre.htm. Acesso em: 21 ago. 2023.

SILVA JÚNIOR, Joab Silas da. Experimento de Oersted. 2023b. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/experimento-oersted.htm. Acesso em: 21 ago. 2023.