“Aprender a Aprender” na Pandemia: Relato de Experiência Sobre Estudar no Período Remoto no IFFar

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Caroline Züge 1 ; Diélen Caron 2 ; Eloisa Alzira Mühl 3 ; Jaderson Gadonski 4 ; Pedro Henrique de Gois 5
1Estudante do Curso Téc. em Administração (T 25), e-mail: caroline.2021308360@aluno.iffar.edu.br 2Discente, e-mail: dielen.2019001650@aluno.iffar.edu.br 3Estudante do Curso Téc. em Administração (T 35), e-mail: eloisa.2020303180@aluno.iffar.edu.br 4Discente, e-mail: jaderson.2019001623@aluno.iffar.edu.br 5Professor do IFFar - FW, e-mail: pedro.gois@iffarroupilha.edu.br

O final do ano de 2019 foi marcado pela emergência do vírus SARS-CoV-2, originando o que viria a ser a maior crise sanitária mundial do século. Dentre seus inúmeros impactos, a pandemia mundial afetou os sistemas educacionais ao redor do mundo. No Brasil, a partir de decreto do Ministério da Educação, todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Instituições de Ensino Superior foram autorizadas a conduzir suas atividades no modelo de Ensino Remoto Emergencial. O presente estudo compreende um relato de experiência acerca das vivências acadêmicas no modelo remoto no período de pandemia de COVID-19 como discentes e bolsistas de Iniciação Científica em um curso superior de graduação e de ensino médio integrado do Instituto Federal Farroupilha - IFFar. A medida emergencial de isolamento social demandou que aprendêssemos, sem preparação prévia, a estarmos sozinhos e a estudar sozinhos – ressignificando o papel de estudante e fazendo emergir o questionamento - Como aprender nesse novo contexto? O rompimento com o modelo de estudo tradicional, com aulas expositivas, comunicação e avaliação presencial em sala de aula demandou uma reorganização nos modos de estudar, delegando maior autonomia sobre o aprender aos estudantes, como característica desse modelo de ensino não presencial. Inicialmente, o caráter emergencial dessa medida conferiu uma série de desafios pelo despreparo para atuar nesse modelo. Demonstrou-se frequente nos diálogos entre colegas o questionamento sobre o nível de aprendizado sobre os conteúdos, e as disciplinas de modo geral. Ademais, problemas de conexão com a internet de modo regular e com qualidade, prejuízos na saúde física e mental e condições de ergonomia desfavoráveis com a falta de um ambiente adequado para a realização das tarefas de ensino e de pesquisa, conciliação das atividades acadêmicas com atividades domésticas, e principalmente, a manutenção da motivação para a atividade, se mostraram como desafios ao processo de aprendizagem. Aliado a isso, a sensação constante de dúvida e ansiedade acerca da situação de saúde mundial, na qual as notícias se mostraram agravar a cada dia (PORTAL G1, 2022). Nesse cenário, no entanto, também se percebeu o empenho da instituição em conduzir o processo de ensino-aprendizagem na modalidade de ensino remoto emergencial de forma satisfatória, na medida do possível. Como elementos percebidos como positivos, destacou-se a possibilidade de participar virtualmente de eventos científicos realizados em outras localidades, além do aprimoramento das habilidades no uso das ferramentas e dos meios tecnológicos, características também importantes à formação. Certamente, o que se aprendeu nesse período foi que o componente humano é fundamental nas relações de ensino-aprendizagem, permeados por componentes como a comunicação, a presença, a proximidade, a ligação afetiva e o convívio.

Referências bibliograficas:

PORTAL G1. Número de jovens deprimidos dobra após a pandemia; entenda os motivos. Disponível em: https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/08/28/numero-de-jovens-deprimidos-dobra-apos-a-pandemia-entenda-os-motivos.ghtml. Acesso em: 28 ago. 2022.

Palavras chaves: Ensino remoto, aprendizagem, pandemia.

Obs.: Este resumo contém 432 palavras