IFFar - Campus Frederico Westphalen
Em setembro de 1987, ocorreu um acidente envolvendo o Césio-137 no centro de Goiânia. Dois catadores de lixo entraram em uma clínica abandonada e encontraram um enorme aparelho que foi deixado no local. Ao desmontar o equipamento, um dos catadores descobriu uma cápsula nuclear de aço e chumbo, que isolava o Césio-137 um pó branco que no escuro ficava azul, encantado pelo material e achando-o valioso, ele exibiu o achado para seus conhecidos, sem saber o perigo que estava em suas mãos. Poucas horas após a primeira exposição ao césio-137, começaram os sintomas de intoxicação. A partir daí a cidade foi praticamente toda isolada e diversos especialistas no assunto foram até o local para calcular e prever danos, além de auxiliar no processo de descontaminação. As pessoas que morreram nesta tragédia foram enterradas em caixões de chumbo extremamente robustos para não contaminarem ainda mais o solo. Cerca de 6 mil toneladas de lixo radioativo retirados do local após o acidente, foi levado para a unidade do CNEN em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana da capital, onde foi enterrado em enormes caixas de concreto, chumbo e ferro para garantir a segurança do local. Passadas mais de duas décadas, os resíduos já perderam metade da radiação. No entanto, o risco completo de radiação só deve desaparecer em pelo menos 275 anos. Nosso trabalho tem como objetivo mostrar as consequências ainda persistentes da contaminação radioativa do césio 137 e a importância de efetuar o correto descarte de resíduos radioativos. A apresentação terá o auxílio de uma maquete com a representação do isótopo com uma tinta fosforescente, que irá ser revelada com luz negra com as devidas explicações para que os visitantes conheçam este fato histórico como forma de alerta e para que jamais volte e se repetir.
Referências bibliograficas:
História do Césio 137 em Goiânia. Disponível em acessado em 29 de agosto de 2022.