As mulheres estão presentes no cinema desde o seu início, tanto quanto telespectadoras quanto personagens das diferentes histórias narradas por ele. Contudo, por esse espaço social, não diferente dos demais, ser predominantemente masculino, à vista do fato de que sua idealização e construção perpassam o discurso patriarcal, salienta-se a subjugação e o silenciamento feminina nessa mídia. Assim, a figura feminina, enquanto personagem, era, então, representada como um objeto de desejo do homem, bem como de instrumento do cumprimento dos comportamentos morais dela esperados, como os de dona-de-casa, esposa e mãe; já como espectadora, à ela eram direcionados filmes que guardavam os valores sociais patriarcais do espaço privado, que trabalhavam no sentido de educar essa mulher a sua vida futura ao lado do homem, detentor dos privilégios do espaço público. É com o passar do tempo, com a ressignificação acerca da subjetividade feminina, contribuição dos movimentos feministas desde a sua primeira onda, que as mulheres ganham um novo lugar social, que reflete também na sua participação no cinema. Na atualidade, são inúmeras as participações desses sujeitos, que não são mais percebidos a partir de um único olhar. Salienta-se, inclusive, que a participação das mulheres enquanto produtoras de cinema, diretoras, produtoras, editoras de som, vem crescendo cada vez mais. Isto posto, nosso trabalho presta-se à reflexão acerca da evolução da presença da mulher, bem como sua influência no mercado cinematográfico, de modo a validar mulheres que romperam com os papéis pré-determinados a elas. Para tanto, pretende-se destacar atrizes e personagens significativas para a história do cinema, que romperam com as amarras existentes. Esse estudo foi realizado a partir de uma pesquisa bibliográfica de textos que tratam sobre o tema (AMARAL, 2021; LAURETIS, 1978; HOLANDA,2017). Constatou-se que ao longo dos anos a mulher teve o seu espaço conquistado por sua luta e força, reescrevendo a história cinematográfica e fazendo-se personagem central dessa.

Referências bibliograficas:

AMARAL, Érika. "Mulheres de cinema e a escrita da história do cinema de autoria feminina". In: Significação, São Paulo, v. 48, n. 55, p. 294-300. Disponível em https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/169598. Acesso em 12/08/2022.

HOLANDA, K. “Da história das mulheres ao cinema brasileiro de autoria feminina”. Famecos, Porto Alegre, v. 24, n. 1, 2017. Disponível em https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/24361. Acesso em 20/08/2022.

LAURETIS, Tereza De. Alice doesn’t: feminism, semiotics, cinema: an introduction. London:

the mainillan press, 1978.