IFFar - Campus Frederico Westphalen
Este ano comemoramos cem anos da Semana da Arte Moderna, de 1922. O trabalho tem o objetivo de realizar estudos e leituras sobre este evento, a fim de comparar com a Literatura contemporânea no Século XXI e contribuir na construção do conhecimento de alunos do ensino médio. Esse estudo parte de um projeto realizado junto com a professora orientadora e responsável pela disciplina de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. A Semana de 1922 foi um marco do desejo de renovação da arte nacional, em que se discutiam a identidade do brasileiro e as influências na sua formação. No século XXI, encontramos a literatura e o mundo digital, em que se questiona o rompimento dos limites do tempo e do espaço na troca de informações (TOLEDO et al, 2013). As reflexões realizadas a partir dos estudos e análises vão proporcionar ao aluno atitudes mais críticas diante da realidade. Assim, foi realizado o estudo do conto “Curso Superior”, de Marcelino Freire, o qual foi escrito no século XXI. O autor pertence ao grupo de escritores de Literatura Marginal (RIBEIRO, 2015), os quais trazem para o campo literário termos, temas e linguagem marginais. O conto citado traz lamentações, inquietações e dúvidas de um personagem submetido as dificuldades do meio urbano. A partir da leitura do conto, a proposta foi os alunos escreverem um texto que representasse a visão deles em relação ao que representa o século XXI. Assim, obtivemos discussões como: no século XXI, presenciamos grande desenvolvimento tecnológico, sendo que facilitou muitas atividades na sociedade, mas também surgiu problemas: tornou-se um vício para várias pessoas, as quais pararam de viver momentos com família, amigos para ficarem nas redes sociais e jogos. Com isso, houve diminuição de práticas esportivas, houve inserção de alimentação mais industrializada, surgimento de doenças e obesidade. Há a dúvida sobre o quanto a tecnologia vai interferir na vida das pessoas, de forma positiva, mas também negativa. Um século com uma geração de jovens com menos autonomia, mas, ao mesmo tempo, sofrem muita pressão, insegurança e medo de não conseguir cursar uma faculdade, de não conseguir emprego, de não ser “alguém na vida”, gerando depressão que é o mal do século. Ainda, o século foi marcado pela Pandemia mundial: Covid-19, a qual afetou nossas vidas e evidenciou diversos problemas de desigualdade social e miséria. O século foi acometido por um vírus que levou a população mundial a usar máscaras. No Brasil, houve mudanças no cotidiano das pessoas: a educação teve que se adaptar com aulas online e criar formas de que os alunos pudessem continuar seus estudos. Serviços de tele-entrega, de empresas e serviços públicos se adaptaram a forma digital. Com a Pandemia, a tecnologia ajudou ainda mais as ações humanas para realizar muitas atividades a distância que no passado não era possível. Para a Mostra Regional de Ciências (IFFar-FW) vamos criar um espaço de exposição de textos e autores para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna e refletir um pouco nossa realidade, no século XXI.
Referências bibliograficas:
ORMUNDO, Wilton; SINISCALCHI, Cristiane. Produção pós-modernista: novas palavras - Capítulo 14. In: Se liga nas linguagens: português. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2020.
RIBEIRO, Rondinele Aparecido. A literatura no cenário da pós-modernidade: ecos do fragmentário no conto “Curso Superior”, de Marcelino Freire. Revista Temática: Ano XI, n. 03 - Março/2015 - NAMID/UFPB. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/23334. Acesso em jul. 2022.
TOLEDO, Salete et al. Literatura Brasileira Contemporânea - capítulo 05. In: Português - Vozes do Mundo - Vol. 3 - 2ª Ed. Editora Saraiva – 2013.