IFFar - Campus Frederico Westphalen
As atuais orientações curriculares da disciplina de Matemática citam a possibilidade de inserção de elementos da lógica de programação, nas aulas do ensino básico, visando auxiliar no desenvolvimento do pensamento computacional dos estudantes. Todavia, esta alternativa ainda representa um grande desafio, tanto para os docentes como para os discentes, sendo que as maiores dificuldades recaem sobre a falta de aptidão para o uso de uma linguagem de programação e dúvidas acerca do emprego de procedimentos metodológicos adequados. Neste cenário, se propôs o desenvolvimento de uma pesquisa qualitativa, que considera a realização de um estudo bibliográfico e exploratório, visando reconhecer e planejar atividades de ensino embasadas na Teoria da Atividade Orientadora de Ensino e no uso do ambiente de programação Scratch, visando ampliar a apropriação conceitual e o desenvolvimento do pensamento computacional de estudantes, nas aulas de Matemática dos anos finais do ensino fundamental. Justifica-se a escolha pelo Scratch por consistir de um ambiente de programação livre e que faz uso de uma estrutura de blocos, não exigindo a escrita das linhas de códigos usados em linguagens de programação usual. E, a opção pela teoria da Atividade Orientadora de Ensino (MOURA, 1996) pelo fato desta fundamentar toda a organização das atividades de ensino e aprendizagem. No presente trabalho são apresentados resultados decorrentes da execução do projeto de pesquisa “Programação em Scratch nas aulas de Matemática: o desenvolvimento do pensamento computacional sob a luz da teoria da Atividade Orientadora de Ensino”, desenvolvido ao longo do segundo semestre do ano de 2021 e o primeiro semestre do ano de 2022, com apoio da Fapergs. Dentre os resultados cita-se a fundamentação teórica que evidencia potencialidades do Scratch para a proposição de situações desencadeadoras de ensino, viabilizando a resolução de problemas mais complexos, bem como a realização de melhorias na eficiência de processos e atividades, podendo ainda facilitar a realização de tarefas que demandariam de muito tempo e esforço se realizadas sem o uso de um recurso apropriado.
Referências bibliograficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a Base. 2018. Ensino Médio. Disponível em: Acesso em 01 ago. 2021.
MOURA, M. O. A atividade de ensino como unidade formadora. Bolema, São Paulo, ano II, n.12, P. 29-43, 1996.
WING, J, M. Computational Thinking. 2006. Disponível em:https://www.cs.cmu.edu/~15110-s13/Wing06-ct.pdf. Acesso em 23 set.2021.