IFFar - Campus Frederico Westphalen
Em 1938, o físico Frank Benford percebeu certa regularidade na distribuição dos primeiros dígitos significativos de certas quantidades analisadas. Quantidades como: taxas de mortalidade, populações, áreas de rios, entre outras. Uma função matemática foi demonstrada pelo Físico para determinar tal padrão de probabilidade e a mesma ficou conhecida como Lei de Benford. De acordo com essa lei temos uma distribuição definida para os primeiros dígitos, e se um conjunto de dados numéricos satisfaz essa Lei, o primeiro dígito significativo de um número vai ocorrer com uma determinada probabilidade. Por exemplo, o número 1 como primeiro dígito tem a probabilidade de 30,1% de ocorrer, já o número 2 tem a probabilidade de 17,6%. Essa lei tem sido utilizada na detecção de fraudes, erros e manipulações de demonstrações contábeis, sonegação de impostos, eleições, entre outras. Devido a isso, empresas de auditoria utilizam programas baseados nessa Lei. A realização deste trabalho justifica-se pelo fato de colocar os alunos participantes diante de uma situação em que é possível fazê-los perceber a Matemática como uma ferramenta de análise de dados, podendo ser utilizada nas mais diversas áreas do conhecimento. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo verificar se a Lei de Benford se aplica ao resultado das eleições municipais de 2020 nas cidades de Pelotas, Porto Alegre e Caxias do Sul, do estado do Rio Grande do Sul. Esse resultado se refere ao número de votos por candidato na eleição. Os dados serão coletados diretamente no site do Tribunal Regional Eleitoral (RS) e logo em seguida serão tratados e analisados num editor de planilhas Excel. As distribuições dos primeiros dígitos obtidas serão comparadas com a Lei de Benford e espera-se com isso concluir sobre o quanto elas se aproximam ou não desta lei.
Referências bibliograficas: