IFFar - Campus Frederico Westphalen
Em 1938, o físico Frank Benford percebeu certa regularidade na distribuição dos primeiros dígitos significativos de certas quantidades analisadas. Quantidades como: taxas de mortalidade, populações, áreas de rios, entre outras. Uma função matemática foi demonstrada pelo Físico para determinar tal padrão de probabilidade e a mesma ficou conhecida como Lei de Benford. De acordo com essa lei temos uma distribuição definida para os primeiros dígitos, e se um conjunto de dados numéricos satisfaz essa Lei, o primeiro dígito significativo de um número vai ocorrer com uma determinada probabilidade. Por exemplo, o número 1 como primeiro dígito tem a probabilidade de 30,1% de ocorrer, já o número 2 tem a probabilidade de 17,6%. Essa lei tem sido utilizada na detecção de fraudes, erros e manipulações de demonstrações contábeis, sonegação de impostos, eleições, entre outras. Devido a isso, empresas de auditoria utilizam programas baseados nessa Lei. A realização deste trabalho justifica-se pelo fato de colocar os alunos participantes diante de uma situação em que é possível fazê-los perceber a Matemática como uma ferramenta de análise de dados, podendo ser utilizada nas mais diversas áreas do conhecimento. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo verificar se a Lei de Benford se aplica aos números de mortes registrados no Brasil em decorrência da doença COVID-19. Tais números serão coletados diretamente no site da organização mundial de saúde (OMS) e logo em seguida serão tratados e analisados num editor de planilhas Excel. Serão considerados dados de 10 meses (janeiro a outubro). As distribuições dos primeiros dígitos obtidas serão comparadas com a Lei de Benford e espera-se com isso concluir sobre o quanto elas se aproximam ou não desta lei.
Referências bibliograficas: