O presente estudo avaliou a produtividade e a composição nutricional da aveia branca, cevada e trigo conservadas na forma de pré-secado, colhidas em dois estádios fenológicos e submetidas, ou não, ao uso de aditivos biológicos. O experimento foi realizado na região norte do Rio Grande Do Sul, com semeadura dos cereais em junho e colheita nos meses de agosto e setembro de 2017, momentos esses em que as culturas estavam em estádio vegetativo e reprodutivo, respectivamente. Após colheita os cereais foram expostos ao sol, com o objetivo de alcançar 30 a 35% de matéria seca e, submetidos ou não ao uso de inoculante bacteriano enzimático e/ou ácido propiônico antes de serem enfardados, com seis camadas de filme plástico com 50% de sobreposição em fardos de aproximadamente 50 Kg. Após 45 dias de conservação amostras dos fardos foram enviadas ao laboratório para análise bromatológica. A aveia e a cevada apresentaram os maiores rendimentos com produtividade de 5.033 Kg e 7.079 Kg de matéria seca por hectare respectivamente, sendo superiores ao trigo que produziu 3.722 Kg/ha de matéria seca. Ao comparar os cereais nos diferentes estádios fenológicos, foi possível observar que quando submetidos ao corte na fase vegetativa obtiveram menores produtividades em relação ao corte já em estádio reprodutivo 3.479,75 Kg e 7.645,81 Kg de matéria seca por hectare respectivamente. Não foi possível observar diferenças para as variáveis bromatológicas, quando o inoculante bacteriano enzimático ou o ácido propiônico foi adicionado nos cereais. No entanto, quando o corte foi realizado no estádio vegetativo foi possível obter pré-secados com melhores percentuais de proteína, menor FDN, FDA e lignina e maiores valores de digestibilidade da FDN a 30 horas. Por fim, as melhores estimativas de produção de leite por tonelada de matéria seca foram encontradas para a cevada. Em relação estádio de desenvolvimento do cereal, fazer a silagem pré-secada em estádio de grão pastoso, garante maiores produtividades de leite.

Referências bibliograficas: