Reprodução In Vitro de Espécies Nativas de Orquídeas

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Eduardo Canssi Vogt 1 ; Pedro Henrique Guterra 2 ; Jairo Jose Manfio 3
1Estudante do Curso Téc. Agropecuária (T21), e-mail: edu.canssiv@gmail.com 2Estudante do Curso Téc. Agropecuária (T21), e-mail: pedrohguterra@gmail.com 3Prof. Orientador (IFFar), e-mail: jairomanfio@hotmail.com

Tem-se observado que a presença de vegetações nativas na nossa região tem se tornado cada vez mais escassa. As plantas vão regredindo conforme a cidade, e consequentemente a população, vai se expandindo em direção às áreas verdes. Um dos sinais desse fato é a expressiva presença de espécies de orquídeas nativas, que deixam de se reproduzir quando longe de seu habitat natural. Na tentativa de auxiliar a preservação da nossa vegetação regional e a acessibilização financeira para pequenos orquidófilos, propomos um método alternativo de reprodução de espécies de orquídeas nativas. Adotamos o sistema in vitro, de forma personalizada. Os experimentos foram efetuado em vidros, onde são armazenados os meios de cultura e depositadas, cuidadosamente, as sementes, já esterilizadas, para que então, germinem. Antes de tudo, os vidros são lavados com água e detergente. Enquanto os vidros são lavados, o meio de cultura é preparado. Para um bom desempenho em meio de cultura, utilizamos solução nutritiva B&G® para orquídeas e ágar-ágar dissolvidos em água destilada fervente. Após preparado, divide-se igualmente o meio de cultura entre os vidros, que em seguida são levados à panela de pressão, preenchida, com aproximadamente, 30% de água de torneira e fervidos por vinte minutos. As sementes também são esterilizadas em uma seringa de injeção com uma solução de 20% de hipoclorito de sódio (Q-Boa®) sob agitação por 10 minutos. Após as sementes são injetadas nos meios de culturas por um ofício na tampa e selados com fita adesiva e filme plástico. Para o desenvolvimento, os vidros são colocados em exposição à luz, vindas de lâmpadas do tipo tubular, as quais ficam acesas por doze horas. Até então, o método tem se mostrado eficiente. As espécies utilizadas foram: Epidendrum fulgens, Baptistonia riograndense e Grandifhyllun pulvinatun. Foram posto à teste 19 experimentos, onde sete apresentaram contaminação por fungos não identificados. Dos sete experimentos, três não foram identificados a causa da contaminação, porém em quatro, há grande possibilidade das sementes não terem sido devidamente esterilizadas, pela sua escassez de água, em virtude de estarem há muito tempo guardadas. Alguns experimentos já apresentam germinação.

Referências bibliograficas:

RODRIGUES , Donizetti Tomaz. Propagação in Vitro de Orquídeas sem a Utilização de Câmara de Fluxo Laminar. 2009. 63f. Tese de Pós-graduação - Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2009.

SCHNEIDERS, Danieli; PESCADOR, Rosete; BOOZ Maristela Raitz; SUZUKI, Rogério Mamoru. Germinação, crescimento e desenvolvimento in vitro de orquídeas (Cattleya spp., Orchidaceae). Rev. Ceres. Viçosa, v. 59, n.2, p. 185-191, mar/abr, 2012.

Palavras chaves: orquídeas; reprodução in vitro; vegetação nativa; educação ambiental

Obs.: Este resumo contém 347 palavras