IFFar - Campus Frederico Westphalen
O leite é um alimento consumido por pessoas de todas as idades, sendo indispensável aplicar medidas que garantam sua qualidade nutricional e sanitária, desde a produção até a mesa do consumidor. Além de ser necessário o manejo coreto da produção e a higienização adequada para a segurança do consumidor, estes são de imensa importância para evitar prejuízos econômicos ao produtor, como em decorrência da mastite bovina. A mastite pode ser evidenciada por meio da Contagem de Células Somáticas (CCS), sendo esta a medida mais utilizada para o monitoramento do estado inflamatório da glândula mamária do animal. Já o diagnóstico definitivo da mastite deve ser acompanhado do monitoramento microbiológico em laboratório, no qual se verifica a presença de bactérias patogênicas e avalia-se o seu perfil de resistência aos antimicrobianos. Estas práticas possibilitam um manejo racional na prevenção e tratamento da mastite bovina, diminuindo perdas para o produtor e aumentando a qualidade do leite. Neste sentido, é fundamental que futuros profissionais estejam preparados para essas situações e para orientar o produtor, utilizando suas experiências práticas, proporcionas inicialmente pela instituição de ensino. Para tanto, foram realizados o CMT (Califórnia Mastite Teste) e teste da caneca de fundo preto em amostras de leite de todos os quartos mamários de bovinos alocados no LEPEP Bovinocultura e Leite do IFFar, e de ovinos apresentando mastite clínica, desta mesma instituição. Os discentes envolvidos tiveram a oportunidade de acompanhar e verificar a evolução do quadro clínico dos animais examinados. Constatou-se, em sua grande maioria, a ocorrência de mastite subclínica causada por bactérias sendo elas Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Streptococcus dysgalactiae, Corynebacterium spp. e Escherichia coli, identificadas por exames microbiológicos realizado no LEPEP Microbiologia e Imunologia Veterinária (LaMIVet), do IFFar-FW, utilizando tanto analises morfo-tintoriais quanto provas bioquímicas para identificação das mesmas. A partir dos resultados obtidos, foi possível discutir possíveis fatores de risco associados à ocorrência de mastite subclínica e clínica, bem como abordar adaptações de manejo com intuito de prevenir novos casos e ter sucesso terapêutico em animais cronicamente afetados. Destaca-se a importância da segregação dos animais durante a ordenha, a manutenção de pós e pré-dipping e o monitoramento do animais após o tratamento com antimicrobianos específicos.
Referências bibliograficas:
FONSECA, L. F. L. & SANTOS, M. V. Qualidade do leite e controle de
mastite. 2ªed. São Paulo: Lemos Editorial, 2001. 175p.
Quinn PJ, Carter ME, Markey B, Carter GR: Clinical Veterinary Microbiology. London: Wolfe; 1994.