IFFar - Campus Frederico Westphalen
As orquídeas sofrem uma grande pressão antrópica devido à coleta indiscriminada, o comércio ilegal e a supressão de habitats. Em nossa região seu habitat esta pulverizado e grande matas deixaram de existir, assim espécies nativas de orquídeas podem entrar em extinção. Uma forma de conservação é a reprodução fora do lugar de origem, resgate, realocação, micropropagação, reintrodução de espécies e atividades de educação para conservação. O projeto Plantando a Tiro tem como proposito disseminar sementes de orquídeas, produzidas por orquidários, em matas preservadas ou praças e parques urbanos. A dispersão de sementes de orquídeas é particularmente difícil, devido ao tamanho diminuto e falta de peso para colocação no alto das árvores. Assim, na parte inicial do projeto consistiu em buscar uma forma de peletizar as sementes, para em seguida lança-las até os galhos mais altos. Foram testadas duas formas de arremesso, uma com uma pistola de água e outra com uma carabina de pressão carregada com gelatina e sementes. Em ambos os testes as sementes foram contaminadas em uma solução de raízes de orquídeas com bactérias bactéria nitrificante de nitrogênio (Rhizobium) que realizam simbiose com as sementes. As raízes foram batidas no liquidificador com 500 ml de água por um minuto e as sementes permaneceram na solução por 24 horas. Os projeteis foram preparados com 1g de gelatina, 10 ml de água quente e 10 ml de agua fria e posterior adição das sementes. A gelatina mais as sementes foram sugadas para dentro de um canudinho de refrigerante, após gelatinizar foram cortadas em projeteis de três centímetros. A distância ideal para os disparos foi medida em três metros, com espalhamento de 20 cm. As semeaduras foram realizadas de forma alternada em Ipês, com oito disparos por árvore. Os testes demonstraram que é possível fazer a dispersão das sementes de ambas as maneiras, sendo mais visível a adesão nas árvores com projeteis com gelatina e o meio mais simples e prático foi com a pistola de água. A germinação será monitorada ao longo do próximo ano. Esperamos com este experimento auxiliar no desenvolvimento e disseminação das mais variadas espécies de orquídeas, bem como tornar mais belo e cheio de flores o nosso próprio campus e em diferentes ambientes dentro das cidades.
Referências bibliograficas:
Santos S.R.G. Peletização de Sementes Florestais no Brasil: Uma Atualização. Revista Floresta e Ambiente 2016; 23(2): 286-294.ISSN 2179-8087 (online).