A valorização da carne ovina e o aumento da demanda nos últimos anos traz um crescimento nas perspectivas da atividade e, com isso, há uma busca por uma produção de maior qualidade e quantidade. Animais com uma genética voltada para essas características ajudam a aumentar a lucratividade da atividade ovinocultura. Portanto, a inseminação artificial (IA) é uma alternativa para aumentar a produtividade dos rebanhos ovinos e otimizar o uso de reprodutores. Com o uso dessa biotécnica reprodutiva, conseguimos utilizar o sêmen de carneiros de genética superior, com baixo custo e amplo alcance. Além disso, temos a possibilidade de sincronizar o parto, facilitando o manejo e concentrando os cuidados necessários com a parição em um curto espaço de tempo. Apesar de antiga, a IA em ovinos é pouco difundida na região noroeste do Rio Grande do Sul, isso se deve grande parte ao desconhecimento e falta de mão de obra qualificada para a aplicação da biotécnica. Visto isso, para que haja uma maior tecnificação da atividade ovinocultura dessa região, buscou-se o desenvolvimento de um curso de inseminação artificial em ovinos, realizado pelo Instituto Federal Farroupilha, Campus Frederico Westphalen. Foram ofertadas 10 vagas, sendo cinco para alunos da instituição e cinco para membros da comunidade. As aulas teórico-práticas contaram com temas como anatomia reprodutiva dos ovinos, fisiologia do ciclo estral da ovelha, coleta de sêmen ovino e inseminação artificial. Ao final do trabalho, acredita-se que o curso tenha contribuído com o desenvolvimento pessoal dos alunos participantes, do bolsista ao ampliar os conhecimentos na área da reprodução animal, da atividade ovinocultura regional e o aumento da IA em ovinos na região nos próximos anos, buscando uma genética de maior qualidade e produção. A realização do curso proporcionou também melhorias nos laboratórios com a compra e construção de estruturas que facilitam o manejo e a coleta de sêmen, o que proporcionará um ensino de maior qualidade aos alunos.

Referências bibliograficas: