A produção de plástico a partir de petróleo vem aumentando gradativamente. No Brasil diariamente são produzidas toneladas de lixo, que são levados para lixões clandestinos ou jogados em lugares inapropriados. Infelizmente o plástico é um dos materiais menos reciclados, e por sua vez acaba parando em rios, ruas, e até mesmo no mar, prejudicando a flora e a fauna por sua lenta degradação. Tendo em vista todos esses problemas, constata-se que os bioplásticos se tornam cada vez mais uma alternativa viável para a vida sustentável no planeta, sendo potenciais substitutos dos plásticos produzidos a partir de derivados de petróleo, pois tem uma rápida decomposição. Assim, nosso projeto de pesquisa objetivou produzir bioplásticos a partir de duas matérias primas diferentes e biodegradáveis: amido de batata e leite, além de avaliar suas biodegrabilidades. Para o preparo do plástico de leite realizamos os seguintes procedimentos: aquecemos 1 L de leite in natura por dois minutos (27°C). Após isso adicionamos 100 mL de vinagre no leite, mexemos até a mistura começar a ficar com aspecto sólido, peneiramos e adicionamos 7 gotas de corante alimentício. Após misturarmos a parte sólida, a colocamos em uma forma e deixamos secar por uma semana. Para produzirmos o plástico de amido de batata, picamos e batemos em um liquidificador 4 batatas com um pouco de água. Após isso, filtramos e acrescentamos 200 mL de água, deixando a mistura em repouso por uns 5 min. Na sequência, filtramos e reservamos o precipitado branco (amido da batata). Colocamos 2/3 de colher (sopa) de amido em uma panela com água (100 mL), 2 colheres de vinagre e 2 colheres de glicerina (95%), levamos ao fogo, mexendo até formar uma “geleca”, o acetato de amido. Depois de pronto revestimos uma fruta e também depositamos em um recipiente para produzirmos plástico filme, tendo secado em aproximadamente 3 dias. A avaliação da degradação dos plásticos a base de leite e amido serão feitas da seguinte forma: colocaremos os plásticos em um recipiente com terra, e em outro em uma solução de cloreto de sódio. Após alguns dias, espera-se que os plásticos comecem a degradar-se, pela ação de bactérias e microrganismos e efeitos físico-químicos. Também para testar a eficiência do acetato de amido, o utilizaremos envolvendo-o em uma fruta, deixando essa fruta exposta ao ar livre juntamente com uma fruta sem a cobertura do bioplástico. Podendo após uma semana perceber sua eficiência e durabilidade. Com os experimentos realizados até agora, percebemos que a degradação dos plásticos é eficaz, mas ainda devemos melhorar a produção do plástico de acetato de amido, pois em sua estrutura há rachaduras. Portanto continuamos com os testes para conseguir uma melhor qualidade e eficiência.

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