IFFar - Campus Frederico Westphalen
Em um mundo onde tudo gera polêmicas, algo que nos chamou atenção na busca por um tema para a realização deste trabalho foi o tabu que existe quando nos referimos à cannabis, planta popularmente conhecida no Brasil como maconha. Na realidade nacional somos acostumados a encarar este assunto, sobretudo, a partir de um viés de negação e criminalização, enquanto algo relacionado apenas a malefícios. Contudo, no passado recente, movimentos contestatórios a essa abordagem têm crescido. Em muitos países o uso da cannabis tem sido mais aceito, como também regulamentado, assim como surgem pesquisas científicas que dividem opiniões públicas, pois demonstram benefícios na utilização da planta para fins medicinais. Tendo isso em vista, o objetivo principal deste trabalho é trazer algumas informações sobre como um país que legalizou a cannabis para uso medicinal e recreativo está reagindo em aspectos econômicos, sociais e de saúde pública em relação essa medida. Tomamos como objeto de análise a realidade do Uruguai, o qual no ano de 2017, após um longo processo, legalizou o uso recreativo da cannabis por meio de regulamentação estatal, na busca de combater o crime organizado e o comércio ilegal da planta. No Brasil, vivemos uma realidade de “guerra às drogas” que muitos dizem ser uma batalha perdida, tendo em vista que, ainda que se busque coibir o tráfico por meio da repressão armada, o comércio de drogas só cresce, sem falar na quantidade de pessoas inocentes que são mortas nessa cruzada. Neste sentido, ainda que o Brasil e o Uruguai sejam países distintos, com as informações alcançadas com esta pesquisa busca-se também problematizar em que aspectos a iniciativa realizada por nossos vizinhos pode servir para pensarmos a nossa própria realidade. Para a realização da análise proposta, foram feitas buscas pelo aplicativo Microsoft Notícias, uma plataforma que compartilha informações atuais, com fontes como globo.com, IstoÉ, dentre outras referências. Também foram realizadas buscas em outros sítios da internet, bem como em artigos acadêmicos.
Referências bibliograficas: