Uma Raiz da Escravidão no Século XXI: A Segregação Racial nas Universidades Brasileiras

IFFar - Campus Frederico Westphalen

Amanda Busatto 1 ; Leonardo Busatto 2 ; Marcos Jovino Asturian 3 ; William Nunes 4
1Estudante do Curso Téc. Agropecuária (T23), e-mail: amandabusatto10@gmail.com 2Estudante do Curso Téc. Agropecuária (T32), e-mail: leonardobusatto123@gmail.com 3Prof. Orientador (IFFar), e-mail: marcos.asturian@iffarroupilha.edu.br 4Prof. Orientador (IFFar), e-mail: william.nunes@iffarroupilha.edu.br

O presente trabalho aborda uma temática complexa existente no Brasil: a segregação racial. Primeiramente, sabe-se que por mais de trezentos anos a escravidão manchou com sangue, suor e injustiça a história nacional. Entretanto, mesmo sendo abolida em 1888, fixou com bases sólidas o racismo na sociedade brasileira. Desde então, a população negra persiste sendo excluída de diversos setores sociais. Um deles é o ensino superior, que visivelmente possui predominância de alunos brancos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2015, só 12,8% dos negros, entre 18 e 24 anos cursavam essa etapa de ensino. Além disso, quanto maior é o grau de especialização acadêmica, menor é o número de negros presentes. Visto que esse contexto de exclusão racial na educação não é coerente para um país construído historicamente pela miscigenação de diversos grupos e que a educação é um direito comum a todo cidadão brasileiro, algumas medidas devem ser tomadas para a superação desse cenário. Dentre elas, é necessária uma revisão da Lei de Cotas de 2012, que apesar de ter sido um grande avanço, continua não considerando as adversidades que negros, pardos e indígenas enfrentam para ingressar na universidade. Essa revisão é importante não apenas para a promoção de inclusão e igualdade étnico-racial, como também para valorizar a diversidade cultural brasileira. Pretende-se, na apresentação, expor essa realidade vivenciada pela comunidade negra a partir de gráficos e cartazes. Assim sendo, almeja-se com esse trabalho problematizar o binômio racismo/universidade e desenvolver reflexões acerca do sonho expressado por Martin Luther King: viver em um mundo no qual seus filhos “sejam julgados pelo seu caráter e não pela cor de sua pele”.

Referências bibliograficas:

Palavras chaves: racismo; segregação racial; cotas; universidade.

Obs.: Este resumo contém 277 palavras