Desenvolvimento de Plantas de Tomateiro (Lycopersicon Esculentum L.) Submetidas à Diferentes Regimes de Qualidade de Luz

Colégio Agrícola de Frederico Westphalen

CARLOS NEY BARBOSA 1 ; LEONARDO PASQUALI 2 ; NEIMAR AMBROZIO 3 ; RENATO STEFENI 4 ; IVAN LUIS ZENZEN 5
1Aluno do 1° ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: barbosacnb@hotmail.com 2Aluno do 1° ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: leo_pasquali@hotmail.com 3Aluno do 1° ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: neimarambrozio@hotmail.com 4Aluno do 1° ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, e-mail: renatostefeni@hotmail.com 5Professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico - CAFW/UFSM, e-mail: ivanzenzen@yahoo.com.br

A fotossíntese é o processo de maior importância biológica em termos de captação e aproveitamento da energia luminosa proveniente do Sol. Este processo apenas é possível graças à presença de pigmentos especializados na absorção da luz, as clorofilas, presentes nos cloroplastos de tecidos fotossintéticos das plantas superiores. A característica dual da luz, ou seja, seu comportamento tanto de partícula quanto de onda, pode ser parcialmente ilustrado pelo espectro eletromagnético, decorrente da relação inversa entre o comprimento de onda e a freqüência da mesma. Dentro do espectro eletromagnético encontramos o espectro visível, representado por uma estreita faixa de comprimentos de onda da radiação sensíveis aos olhos humanos, cada comprimento correspondendo a uma dada qualidade de luz, as quais resultam nas diferentes colorações. Os pigmentos fotossintéticos por sua vez apresentam diferentes padrões de captação e absorção desta luz, resultando em diferenças no crescimento e desenvolvimento vegetal. Com o objetivo de avaliar os diferentes efeitos da qualidade da energia luminosa procedeu-se o presente estudo. Plantas de tomate (Lycopersicon esculentum L.) foram cultivadas em ambiente com luz natural até o estádio de desenvolvimento de quatro folhas, posteriormente transferidas para câmaras de cultivo com diferentes padrões luminosos, sendo estes a luz azul (440-480 nm), verde (480-520 nm), vermelha (650-750 nm), infravermelha (750-800 nm) e a luz branca (conjunto de comprimentos de onda do espectro visível), e finalmente observadas alterações no seu crescimento e desenvolvimento. Observou-se uma resposta diferencial no desenvolvimento de acordo com o regime luminoso aos quais as plantas foram submetidas. Provavelmente esta resposta diferencial seja dada ao processo estimulado em cada tratamento luminoso. As clorofilas, por exemplo, responsáveis pela condução de grande parte das reações luminosas da fotossíntese apresentam maior potencial de captação de energia nos comprimentos de onda do azul e do vermelho, respectivamente, enquanto pigmentos como o fitocromo, relacionado ao desenvolvimento reprodutivo do vegetal apresenta indução mais acentuada em ambientes enriquecidos com luz no comprimento de onda do vermelho-distante. A luz verde por sua vez apresenta um espectro “filtrado” de radiação, com menor qualidade para realização da fotossíntese, porém não a inviabilizando. Desta forma, o crescimento e desenvolvimento diferenciais refletem a especialização dos pigmentos responsáveis pela captação da luz e sinais luminosos, traduzindo-os nos aspectos ecofisiológicos observados.

Referências bibliograficas:

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Palavras chaves: energia luminosa, comprimento de onda, frequência, clorofilas, fitocromo.

Obs.: Este resumo contém 366 palavras