E. M. E. F. Afonso Balestrin (Taquaruçu do Sul)
A suinocultura é frequentemente vista como uma atividade altamente poluidora do ambiente. Nas décadas de 70/80, se desenvolveu como atividade econômica, sobretudo em pequenas propriedades com mão-de-obra familiar e baixo nível tecnológico. Naquele momento, as preocupações ambientais ficavam em segundo plano em relação à necessidade de aumento da produtividade animal, melhoria das condições sanitárias dos rebanhos e da lucratividade da atividade. À medida que a economia foi se globalizando e as unidades de produção de suínos foram crescendo em escala, a questão ambiental passou a ter papel de destaque nos fóruns de discussão sobre a suinocultura brasileira tendo em vista a crescente demanda por sistemas de produção mais sustentáveis. As pesquisas lideradas pela Embrapa, universidades e instituições de pesquisa brasileiras desenvolveram tecnologias para reduzir o consumo de água e a produção de dejetos nas granjas; a melhoria na nutrição, ambiência e sanidade dos rebanhos contribuiu com uma melhor conversão alimentar, o que reduziu a excreção de nitrogênio, fósforo, potássio e outros nutrientes nos dejetos; novas tecnologias para o manejo e tratamento dos efluentes da suinocultura foram desenvolvidas para a redução do potencial poluidor dos dejetos e a geração de co-produtos de interesse econômico, notadamente fertilizantes orgânicos e energia; as recomendações de adubação foram atualizadas e novas tecnologias de aplicação dos fertilizantes orgânicos ao solo foram desenvolvidas, melhorando a eficiência agronômica e mitigando os impactos ambientais da reciclagem destes resíduos na agricultura. Varias tecnologias estão atualmente disponíveis e validadas para aplicação e uso no setor produtivo. O que existe são tecnologias que apresentam aplicações e limitações específicas que devem ser adotadas de acordo com as características e necessidades específicas de cada granja. A gestão ambiental adequada de uma granja de suínos depende, portanto, de um trabalho conjunto de técnicos e produtores rurais visando à seleção e uso de um arranjo tecnológico mais apropriado de acordo com a demanda e necessidade da granja. O modelo envolve todos os critérios técnicos necessários para determinar a capacidade de alojamento de animais em uma granja de suínos a partir do consumo de água, produção de dejetos e excreção de nutrientes pelos animais, demanda de nutrientes nas áreas agrícolas, eficiência de remoção e/ou segregação de nutrientes nos sistemas de armazenamento e/ou tratamento de efluentes. Além disto, o modelo também estabelece um plano de monitoramento da qualidade do solo nas áreas agrícolas licenciadas para aplicação dos fertilizantes orgânicos.
Referências bibliograficas:
https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/modelo-de-gestao-ambiental-para-a-suinocultura-brasileira/20161228-100648-d829
https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/modelo-de-gestao-ambiental-para-a-suinocultura-brasileira/20161228-100648-d829
https://www.embrapa.br/documents/1355242/14177646/Encontro+-+Um+modelo+de+gestao+ambiental+para+a+suinocultura.pdf/5ee2fb8c-2175-4cba-92cc-c38ba9e120d5
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https://pt.engormix.com/suinocultura/artigos/sistemas-gestao-ambiental-suinocultura-t38694.htm
https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12545/000628217.pdf?...1
https://livimagens.sct.embrapa.br/amostras/00081860.pdf