Plantas que Curam, Saberes e Práticas Tradicionais

E. M. E. F. Castro Alves (Palmitinho)

Maria Luiza Zuchi 1 ; Rafaela Gazzana 2 ; Cleusa Vicente Vargas 3
1EMEF Castro Alves, e-mail: marialuizazuchi614@gmail.com 2EMEF Castro Alves, e-mail: rafaelagazzana@icloud.com 3Uri-Erechim RS, e-mail: cleusavvargas@hotmail.com

A natureza rica em biodiversidade oferece diversos serviços ecossistêmicos cruciais à população humana (De GROOT, 2002; 2006), entre eles destacam-se as plantas medicinais. Mesmo com o avanço das tecnologias e com o uso de fármacos sintéticos, as plantas que curam são usadas como forma alternativa para o tratamento de várias patologias, sendo que nas últimas décadas vem ocorrendo uma maior discussão e valorização na utilização das plantas como recurso medicinal e isso deve-se ao menor custo dos fitoterápicos, fácil acessibilidade, por apresentarem menos efeitos colaterais, além da tendência ao uso de produtos naturais. Com esse estudo objetivou-se conhecer os saberes e as práticas do uso terapêutico de plantas medicinais, por moradores de comunidades da região médio Auto Uruguai do Estado do Rio Grande do Sul. Através de uma pesquisa qualitativa, com coleta de dados por meio de entrevista semiestruturada. Foram organizadas várias receitas e coletado amostras das plantas utilizadas pelos moradores rurais, pais, avós e pessoas mais antigas de cada comunidade, posteriormente foi analisado na literatura as propriedade fitoterápicas das plantas citadas pelos entrevistados. Constatou-se que algumas entidades como a Emater e Ongs estão trabalhando para resgatar alguns saberes de grande importância para a reestruturação das práticas agroecológicas e fundamentais para a saúde do ambiente e das populações. Observou-se também que há um crescimento significativo no interesse em cultivar e conhecer as plantas medicinais por pessoas com maior nível de instrução, devido ao respaldo científico à esses saberes populares. A pesquisa e as interações do estudante com a sociedade e a natureza está entre os objetivos da Educação Ambiental, a qual busca o saber dialogar, compreender e interagir de maneira mais consciente e sustentável em relação aos recursos naturais.

Referências bibliograficas:

DE GROOT, R. et al. (2006). Valuing wetlands: guidance for valuing the benefits derived from wetland ecosystem services. International Water Management Institute.

DE GROOT, R.; WILSON, M. A.; BOUMANS, R. MJ. (2002). A typology for the classification, description and valuation of ecosystem functions, goods and services. Ecological economics, v. 41, n. 3, p. 393-408.

Palavras chaves: Plantas Medicinais; Conhecimento Científico; Saberes Populares

Obs.: Este resumo contém 282 palavras