A rizipiscicultura é o consórcio de cultivo de arroz irrigado (rizicultura) e produção de peixes (piscicultura). No Brasil, essa atividade ainda é pouco difundida, embora seja amplamente utilizada no continente Asiático. Na rizipiscicultura, o foco é a produção de arroz, sendo a criação de peixes uma atividade complementar. Podem ser utilizadas diversas espécies de peixes, porém a criação de carpas, em policultivo, apresenta vários benefícios ao cultivo de arroz. Uma vez que determinadas espécies se alimentam de ervas daninhas e outras pragas que podem se desenvolver nessas lavouras, observa-se a diminuição no uso de herbicidas, contribuindo para sustentabilidade agrícola. A semeadura do arroz deve ser realizada entre outubro e dezembro (conforme o clima da região), e em março deve-se rebaixar o nível da água para colheita mecânica do arroz. Nesta fase, os peixes ficam em refúgios criados especialmente para isso, sendo que após a colheita, o nível é elevado para que os peixes consumam a resteva de arroz. Neste sentido, entre março e outubro há uma redução no número de sementes invasoras e, concomitantemente, o preparo/fertilização do solo através da ação dos peixes, além do crescimento destes. Em outubro, os peixes são retirados da lavoura e ocorre a semeadura da nova safra, repetindo-se o processo. Diante das possibilidades que este sistema de criação fornece, nosso objetivo é demonstrar aos produtores rurais que já cultivam arroz em suas lavouras, mas também os que desconhecem esta prática, os benefícios da implantação da rizipiscicultura. Para a realização deste trabalho, será montada uma maquete utilizada para simular uma pequena lavoura de arroz irrigado com a presença de alevinos para demonstrar a criação consorciada ao cultivo de arroz. Pretendemos difundir esta prática de produção, tendo vista seu potencial para agricultura sustentável e incremento na renda familiar, especialmente aos pequenos e médios produtores.

Referências bibliograficas:

Cotrim, D. S. et al. Rizipiscicultura: um sistema agroecológico de produção. Diponível online em: http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/n4/05-relato.htm