IFFar - Campus Frederico Westphalen
A relação entre homens e seus animais de estimação iniciou-se nos primórdios da história da humanidade, tendo evoluído até os dias atuais. Pesquisadores classificam essa relação em três categorias: mutualismo - há benefícios para ambas as partes; comensalismo - apenas uma das partes é beneficiada e a outra é indiferente; ou parasitismo - uma das partes se beneficia prejudicando a outra (SANTOS, 2008). A hipótese melhor fundamentada é que esta seja uma relação mutualística, considerando os inúmeros estudos que descrevem os benefícios do convívio com animais de estimação para a saúde fisiológica e psicológica dos humanos. Por meio de uma atividade do “Projeto Leitura e Produção Textual”, realizou-se um estudo com o objetivo de avaliar a características da relação homem-pet no âmbito do Instituto Federal Farroupilha, campus Frederico Westphalen. Neste estudo, foram utilizados dois questionários como instrumentos de coleta de dados, um para pessoas que possuem animais de estimação e outro para pessoas que não possuem. Os questionários eram compostos por 5 questões discursivas, sendo transformados em dados quantitativos e também analisados de forma qualitativa. Foram entrevistados 100 familiares, amigos e conhecidos dos alunos do 2º ano do Curso Técnico em Agropecuária, residentes na microrregião de Frederico Westphalen (RS). As entrevistas aconteceram com um total de 50 pessoas que possuem animal de estimação e 50 que não possuem. Os resultados mostraram que a maioria (88.7%) possui cão; (60%) mantém seu animal no ambiente externo e (64%) considera que não tem cuidados excessivos com seu animal. Quanto aos que não possuem animais de estimação observa-se que a maioria (63.6%) não os possui animal por falta de tempo e (58%) gostariam de ter animal de estimação; (46%) consideram um exagero tratar o animal como membro da família; e (62%) julgam que os cuidados excessivos não os prejudicam.. Os alunos escreveram um artigo de opinião com os dados levantados nas entrevistas. Nas discussões realizadas (no texto dos alunos) percebeu-se que os entrevistados, que possuem animais de estimação, demonstram preferir tê-los dentro de casa pela proximidade que mantém com o animal. “Adotam animais por se sentirem sozinhos e pelo motivo de que estes lhes proporcionam momentos agradáveis, deixam-lhes mais felizes e emotivos” (trecho do texto do aluno). Já os que não possuem animais de estimação, revelam que não os querem por falta de tempo, espaço e trabalho que dão. Desta forma, conclui-se que a maioria das pessoas investe bastante em cuidados com seu pet, ao mesmo tempo, que se beneficia deste convívio.
Referências bibliograficas:
SANTOS, I. B. C. Por que gostamos de nossos cachorros? Revista Psique Ciência & Vida, n. 32, 2008, p. 20-25.